O responsável falava segunda-feira aos jornalistas, na sequência da realização, na Cidade da Praia, de uma formação sobre “Reforço das Capacidades de Luta Contra o Branqueamento de Capitais na África Ocidental”.
A PJ, garante, tem condições para investigar esse tipo de crime, mas salienta a necessidade de cooperação e formação contínua.
António Sebastião Sousa adianta que, segundo a avaliação nacional de risco, o crime da lavagem de capitais está, em Cabo Verde, mais associado ao crime de tráfico de droga. Contudo, indica, há outros riscos associados às actividades económicas, a corrupção e a fraude fiscal, afectando o Estado de direito.
“Sabemos que é um crime de difícil detecção, uma vez que os criminosos tentam usar meios sofisticados para dissimularem as vantagens provenientes do crime e por isso há a necessidade das entidades que têm competência nesse domínio trabalharem em conjunto. Há também necessidade da cooperação internacional, para fazer face a esse fenómeno que é cada vez mais pernicioso”, sustentou.
A formação em curso, na Praia, é destinada aos investigadores da Polícia Judiciária, pessoal afecto à Unidade de Informação Financeira (UIF), magistrados do Ministério Público e Judiciais, funcionários das Alfândegas e dos Registos e Notariado.