Uma “cobarde vingança por acto que eu tenha praticado enquanto Presidente da Câmara Municipal da Praia”. É esta a motivação que, para Óscar Santos, está por trás do atentado que sofreu no passado dia 29 de Julho.
Num comunicado enviado à comunicação social, o autarca da capital diz que a “ousadia do acto cobarde, de atacar um titular de cargo público investido num mandato popular para cumprir um programa eleitoral, exige das autoridades policiais uma resposta pronta, enérgica e eficiente, pois que os criminosos não tiveram outro intuito que não fosse o de condicionar o exercício de um cargo público” e pede para que este episódio não passe impune sob risco de “dar uma contribuição decisiva para fazer escola em Cabo Verde, a tese de que é melhor não decidir ou então todas as decisões passam a ser condicionadas, fugindo ao cumprimento escrupuloso da lei e do programa sufragado por voto popular, evitando-se o risco de se ser abatido a tiro por insatisfeitos”.
Dessa forma, diz Óscar Santos, “creio que posso ousar falar em nome de todos os titulares de cargos electivos, especialmente os autarcas, fazendo por esta via o mais veemente apelo às autoridades policiais no sentido de não deixarem perder esta investigação, pois o que está em causa é aquilo que nos é mais caro: a liberdade”.
O Presidente da Câmara Municipal da Praia foi atingido com um tiro no passado dia 29 de Julho quando, por volta da 5h30, se dirigia para um ginásio que frequenta no Palmarejo Baixo. À sua espera estavam dois homens encapuzados que, depois do disparo, se puseram em fuga.
Óscar Santos foi transportado para o Hospital Agostinho Neto onde foi operado para remover a bala que o atingiu no braço direito.
A Polícia Judiciária está a investigar o caso sem que, até ao momento, tenha feito qualquer detenção.