Romine Oliveira fez essa declaração no acto de posse da nova Direcção do Conselho local da Cruz Vermelha de São Vicente.
“A todos os colaboradores desta instituição o sentido de crescermos juntos e cultivarmos o legado de Henri Donat em toda a sua dimensão. Desta forma, sintonizamos e fortificamos a Cruz Vermelha de Cabo Verde,” declarou.
No seu discurso, Romine Oliveira defendeu ser imprescindível a “permuta de consideração” para o outro e lembrou que no trabalho institucional o diálogo, a tolerância e o respeito são “sementes que engrandecem “a boa convivência e o espírito humanitário.
A mesma fonte lembrou da dinâmica da cidade do Mindelo e dos “descompassos sociais “que afligem a vivência e o dia-a-dia das famílias, principalmente as crianças, pelo que sustentou que é através da força do colectivo, da conjugação engajada das parcerias e do voluntariado que se possibilita “o sonho da felicidade.”
“A nossa missão é de prontidão, tendo os princípios fundamentais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho”, referiu Romine Oliveira.
O presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde, o tenente-coronel Arlindo Carvalho, lembrou que havia dez anos que a entidade não tinha feito eleições a nível local.
Sendo assim, acrescentou, a Cruz Vermelha não cumpria com as atribuições deliberadas pelo Conselho Superior em Fevereiro de 2018 que indicavam que a nova direcção deveria desencadear um processo de renovação dos conselhos locais.
“Estávamos perante um quadro insólito e isso colocava questões sérias que têm a ver com a legitimidade. Mas, apesar deste facto, as pessoas que estiveram à frente das estruturas locais de Santo Antão à Brava souberam enfrentar os desafios”, afirmou Arlindo Carvalho.
O líder da Cruz Vermelha de Cabo Verde disse que órgãos nacionais resolveram apostar nos conselhos locais e que a maioria dos recursos da Cruz Vermelha deve estar colocada nos conselhos locais. Mas, ressalvou que para isso teriam que ter representantes locais que saíssem das eleições transparentes.
Arlindo Carvalho recordou ainda que o Conselho local da CV de São Vicente sempre esteve na linha de frente quando as gentes de Fogo clamavam pela solidariedade e também quando as pessoas de Santo Antão clamavam por ajuda. Por isso, mostrou-se “orgulhoso pela forma de ser e de estar do povo de São Vicente e dos colegas voluntários da CV.”
Na ocasião, o presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde assinou um protocolo com a presidente do Conselho de Administração do Hospital Baptista de Sousa (HBS), Ana Brito.
O documento abre as possibilidades das duas instituições desenvolverem e ampliarem as capacidades de intervenção em São Vicente e nas ilhas vizinhas.
O protocolo permite ainda que os voluntários possam a ter acesso aos serviços hospitalares em condições favoráveis e nalguns casos gratuitos