Hoje marcha-se pelo fim da violência contra mulheres

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,10 dez 2019 6:41

A Associação Cabo-verdiana de Luta Contra Violência Baseada no Género, em parceria com a Rede de Mulheres Paz e Segurança da CEDEAO e escolas secundárias da Praia, promove hoje, 10, uma marcha silenciosa pelo fim da violência contra mulheres.

A marcha, segundo a presidente da ACLCVBG, em declarações à Inforpress vai encerrar a campanha “16 Dias de Activismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres” e vai contar com a adesão de vários géneros e camadas sociais que irão transmitir a intenção de dar um “basta” a esse tipo de violência.

“Não podemos mais aceitar que uma adolescente e mulher seja vítima de violência contínua e que nada se faz. Temos que mudar essa realidade urgente, e a união de todos é essencial para chamarmos a atenção dos decisores políticos sobre a temática”, acrescentou.

Segundo Vicenta Fernandes, se não existir movimentação sobre a violência, as associações não conseguirão mostrar que o povo e o país precisam de paz. “Se não temos paz, não conseguimos dizer que somos livres, que vivemos num país seguro”, alegou.

A marchar silenciosa que vai incidir sobre a paz vai concentrar na rotunda Homem de Pedra e contará com a presença de associações, escolas secundárias da capital, polícia nacional e rede de mulheres da paz e segurança da CEDEAO.

Na sua mensagem sobre a data, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que “as Nações Unidas têm o compromisso de acabar com todas as formas de violência contra mulheres e meninas”.

Destacando estatísticas sobre a frequência destes abusos, Guterres disse que as vítimas podem ser “um membro da família, uma colega de trabalho, uma amiga” ou até mesmo a pessoa que recebe a mensagem.

O chefe da ONU afirmou que “a violência sexual contra mulheres e meninas está enraizada em séculos de dominação masculina, pelo que considerou que “as desigualdades de género que alimentam a cultura da violação são essencialmente uma questão de desequilíbrios de poder.”

Segundo as Nações Unidas, a maioria dos actos de violência física ou sexual são cometidos por um parceiro e metade das mulheres mortas em todo o mundo foram assassinadas por parceiros ou familiares.

Ainda dados da ONU indicam que apenas 52% das mulheres casadas têm liberdade para tomar decisões sobre relações sexuais, uso de contraceptivos e assistência médica, enquanto que a nível mundial quase 750 milhões de mulheres e meninas casadas contraíram matrimónio antes de completar 18 anos.

Ao mesmo tempo, indica a ONU, 200 milhões foram submetidas a mutilação genital feminina, e cerca de 71% de todas as vítimas de tráfico de seres humanos são mulheres e meninas, sendo que três em cada quatro são exploradas sexualmente.

A campanha 16 dias de Activismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, iniciou-se a 25 de Novembro e culmina terça-feira, 10, e este ano acontece sobre o tema “Pinte o Mundo de Laranja: Geração Igualdade contra a Violência Sexual!”

A efeméride que iniciou em 1991 é usada como uma estratégia global para reforçar e pedir que se aposte mais na prevenção e eliminação da violência contra mulheres e meninas.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,10 dez 2019 6:41

Editado porSara Almeida  em  31 ago 2020 23:21

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