A informação foi confirmada à Inforpress pelo administrador substituto do Porto da Praia, José Domingos Andrade, dando conta que a situação é “meio crítica”.
“Estamos aqui com o capitão dos portos e o resto do pessoal para vermos o que podemos fazer nesta situação”, afirmou o responsável, relembrando que o navio está “há muito tempo” atracado no Porto da Praia e que, desde então, “não foram tomadas nenhumas providências”, no sentido de dar um destino ao mesmo.
José Domingos Andrade disse ainda que já tinha sido antes dado alerta para o risco de entrada de água, mas que “nada foi feito”.
“Hoje, amanheceu com popa já no fundo da água praticamente. A situação já é meio crítica. Estamos no local a ver que plano podemos traçar para conter a situação”, acrescentou.
A embarcação “Perpétuo Socorro de Abaete II” foi apreendia na operação baptizada de “Constância”, desenvolvida na sequência de trocas de informação operacional com o MAOC-N, (Maritime Analysis and Operations Centre – Narcotics), com sede em Lisboa.
A Polícia Judiciária cabo-verdiana contou, ainda, com a cooperação da Polícia Federal do Brasil, e, na operação de busca, descarga, transporte, acondicionamento e guarda do produto apreendido, com o apoio da Polícia Nacional de Cabo Verde.
O tribunal da Praia decretou prisão preventiva aos cinco cidadãos brasileiros detidos neste caso.
Os 2.256,2 quilogramas foram queimados no dia 07 de Agosto de 2018, num acto rodeado de grande aparato de segurança, que decorreu na lixeira municipal da cidade da Praia, depois de se ter procedido à pesagem da droga na presença de dois magistrados do Ministério Público e de outros altos responsáveis da polícia científica.