​Polícia Nacional descarta responsabilidade na morte do jovem que saltou de viatura em movimento

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,12 mar 2020 14:58

A Polícia Nacional (PN) conclui que não existe nenhuma relação causa/efeito entre a actuação da polícia e a morte do jovem de 20 anos, que faleceu ao saltar de uma viatura policial em movimento, após ter sido detido numa festa que decorria na localidade de Chã de Areia, na Praia. O caso aconteceu na noite de 20 para 21 de Julho de 2019.

No relatório dado a conhecer esta quarta-feira, a PN descarta igualmente a ocorrência de acidente de viação no caso. 

No documento a força policial refere que a vítima mortal fazia parte de um grupo de 12 jovens detidos por terem entrado no recinto onde decorria a “Festa das Cores” sem permissão. Os detidos foram levados para a Esquadra da Achada de Santo António, fechados dentro da cela da viatura.

Entretanto, de acordo com a PN, durante o percurso, quando se aproximavam da rotunda frente à Praia Clínica, que dá acesso à rampa do restaurante Poeta, pela via Brasil/Achada de Santo António, um dos detidos empurrou a porta da parte de cima da capota, saltou da viatura e pôs-se logo em fuga.

Na sequência, o outro detido, Anilton José Lopes Barbosa, também saltou da viatura, ficando, no seu caso, 'estatelado' no chão na sequência dos “graves ferimentos sofridos” após o salto. Os agentes chamaram os bombeiros, mas o jovem não resistiu e morreu no hospital.

“Ao chegar, e depois de prestar a devida assistência e os primeiros socorros ao sinistrado, ainda no local, a ambulância transportou o sinistrado para o Hospital Central da Praia, onde deu entrada e foi submetido aos cuidados e serviços de urgência médica. Porém, pouco tempo depois, o médico de serviço que o assistiu declarou o óbito da pessoa em questão”, lê-se no documento.

Anilton José Lopes Barbosa sofreu um traumatismo crânio encefálico, provável causa da morte.

No relatório a autoridade policial garante que “nenhum jovem sofreu agressão policial e tão pouco alguma ameaça", nem foram "coagidos a entrar na viatura policia que os transportava”. A PN assegura igualmente que a porta da cela da viatura foi devidamente fechada, e não apresenta avaria.

“A referida viatura oferecia todas as condições de segurança para transportar os detidos, pelo que no caso em concreto não se coloca a questão de nenhum acidente de viação, antes pelo contrário, está-se perante um facto premeditado cuja autoria e sua prática deve ser imputada aos dois jovens em questão, quando decidiram saltar da viatura assumindo os riscos inerentes ao acto”, aponta.

Neste sentido a Polícia Nacional garante que os agentes terão agido para repor a normalidade da situação na estrita observância da Lei e em conformidade com as normas estatuídas que delimitam os parâmetros legais da actuação policial, afastando “toda e qualquer hipótese de procedimento ou acção que vise a responsabilização disciplinar”.

A PN propõe o arquivamento do processo na fase em que se encontra.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,12 mar 2020 14:58

Editado porSara Almeida  em  9 dez 2020 23:21

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