A marcha silenciosa saiu da Esquadra de Achada de Santo António, terminando no Palácio do Governo e passando, no caminho, pela Assembleia Nacional e Direcção Nacional da Policia Nacional. Esta marcha contou com a presença de vários familiares e amigos do agente assassinado.
Segundo o irmão do agente assassinado, Haylton Morais, esta iniciativa tem como objectivo para lembrar o seu irmão, que se estivesse vivo completaria 41 anos este sábado, e visa também sensibilizar a sociedade para esta onda de criminalidade que esta a verificar-se no país.
“Este ano aconteceram muitos homicídios que ficaram sem resposta por parte das autoridades competentes. Esta marcha serve, principalmente, para não deixarmos o assassinato do meu irmão cair no esquecimento”, frisa.
Conforme Haylton Morais, a marcha esteve por alguns minutos em frente a Assembleia Nacional para chamar a atenção dos deputados nacionais, porque é ali que se aprovam as leis. “A nossa marcha não tem nada a ver com a política, mas como povo temos que pedir para mudaram a lei, porque é muito fraca”.
Haylton Morais aproveitou a ocasião para deixar mensagem as autoridades competentes para cumprirem o prometido, e por outro lado, mostrou-se descontente com as declarações do Director Nacional da Polícia Nacional sobre este caso.
“Emanuel Estaline teve chance de ficar calado, ele calado, era um grande poeta. O assassinato do meu irmão pode ter de tudo menos acidente”, assegura.
Depois dessa marcha, os familiares do agente assassinado dizem que vão aguardar pela dedução da acusação e prometem agir, mas dizem que acreditam na justiça cabo-verdiana.
De recordar que o agende Hamilton Morais foi assassinado no dia 29 de Outubro, no bairro de Tira Chapéu, na cidade da Praia. Cerca de um mês depois, e após vários "passos em falso" na investigação e comunicações da PN, a Polícia Judiciária deteve um agente da Polícia Nacional, suspeito do homicídio do colega. O suspeito encontra-se, actualmente, em prisão preventiva.