Tudo igual, mantêm-se os 6 casos positivos no arquipélago, informação avançada este domingo pelo director nacional de saúde.
Das últimas 4 amostras analisadas, três deram negativo e uma ainda aguarda o resultado. Em relação aos testes de sábado que foram inconclusivos, depois de repetidas as análises, continuam a dar inconclusivo. Novos testes vão ser realizados dentro de dois dias.
O relatório saído este domingo em Portugal, sobre a situação epidemiológica no país, que faz referência a 4 casos importados de Cabo Verde. Artur Correia comentou, referindo que “antes do aparecimento de casos recebemos milhares de turistas. É natural que alguns tenham regressado já infectados, dos hotéis da Boa Vista. É provável que mais países declarem casos importados de Cabo Verde, entre turistas europeus." O Director Nacional de Saúde disse ainda que já pediu informaçoes a Portugal para que possam ser reforçadas as medidas de vigilância em Cabo Verde.
Também já são conhecidas as regras do estado de emergência. Depois do decreto presidencial, que regulamentou a declaração do estado de emergência feita pelo Chefe de Estado, já foi também publicado o diploma do governo.
As regras são aplicáveis a todo o território nacional e reforçam algumas das medidas já tomadas quando foi anunciado o estado de calamidade. Por exemplo, explicam que serviços e empresas públicas e privadas devem ser encerradas, quem deve fazer quarentena, o dever geral de recolhimento domiciliário, as regras de segurança e higiene, ou o regime especial de contratação.
Já a Ordem dos Advogados de Cabo Verde, em comunicado, alertou este domingo para a importância dos cidadãos saberem que há direitos que não são afectados.
“A declaração do estado de sítio ou de emergência em nenhum caso pode afectar os direitos à vida, à integridade física, à identidade pessoal, à capacidade civil e à cidadania, a não retroactividade da lei penal, o direito de defesa do arguido e a liberdade de consciência e de religião”, lê-se na página da OACV.
E para quem tem de ficar em casa, a Unitel T+ e a CVMóvel juntaram-se e lançaram o “Pack Fica em Casa”, uma oferta gratuita de 2.000 Megas e 15 minutos de chamadas para qualquer operadora nacional, com validade até o dia 30 de Abril, que será atribuída automaticamente a todos os clientes no estado activo da Unitel T+ e da CVMóvel.
África
O número de mortes em África resultante de infecção por coronavírus passou, nas últimas 24 horas, de 117 para 134, com o número de casos a aumentar de 3.924 para 4.282, segundo as estatísticas mais recentes
No total, mantêm-se os números de países com casos registados (46) e o de países com mortes por infecção pelo novo coronavírus (19).
Nos países lusófonos, Angola aparece com três casos confirmados de infecção , Cabo Verde regista seis e uma morte, Moçambique confirmou oito e a Guiné-Bissau dois, apenas São Tomé e Príncipe não tem qualquer caso confirmado.
Portugal
Portugal regista este domingo 119 mortes associadas à COVID-19, mais 19 do que no sábado, e 5.962 infectados (mais 792), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).
O relatório da situação epidemiológica em Portugal, com dados actualizados até às 24h00 de sábado, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (61), seguida das regiões do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, com 28 cada, e do Algarve, que hoje regista dois mortos.
Relativamente a sábado, em que se registavam 100 mortes, observou-se um aumento de 19%.
De acordo com dados da DGS, há 5.962 casos confirmados, mais 792 (um aumento de 15,3%) face a sábado.
Das 100 mortes registadas, 70 tinham mais de 80 anos, 27 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 15 entre os 60 e os 69 anos e cinco entre os 50 e os 59 anos. Pela primeira vez o boletim regista mortos na faixa etária dos 40 aos 49 anos (duas mulheres).
Mundo
A consultora Oxford Economics considerou este domingo que a economia da zona euro vai enfrentar uma recessão de 2,2% e a economia mundial vai estagnar este ano devido à pandemia do novo coronavírus, a Covid-19.
"A pandemia do novo coronavírus vai infligir uma profunda recessão na economia mundial, e em muitas das principais economias, durante a primeira metade deste ano", lê-se numa nota enviada aos investidores.
No relatório, que já vai na segunda actualização devido à progressão da pandemia, os analistas da consultora britânica escrevem que "para o conjunto do ano o crescimento global deve descer para zero" e acrescentam que "no primeiro trimestre, a economia mundial deve contrair-se a um ritmo mais rápido do que durante a crise financeira de 2009, caindo cerca de 2% e sendo provável uma nova queda de 0,4% no segundo trimestre".
A estagnação prevista para o total do ano na economia mundial "marca o segundo valor mais baixo dos últimos 50 anos, só superado pela severidade da crise financeira de 2009", apontam os analistas, que lembram que a previsão anterior à pandemia, para o crescimento mundial, era de 2,5%.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já infectou mais de 667 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 31.000.
Dos casos de infecção, pelo menos 134.700 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 363 mil infectados e mais de 22 mil mortos, é aquele onde está a surgir actualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 10.023 mortos em 92.472 casos registados até sábado.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 6.528, entre 78.797 casos de infecção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infectados (mais de 124 mil).
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.439 casos (mais de 75 mil recuperados) e regista 3.300 mortes. A China anunciou hoje 45 novos casos, dos quais 44 oriundos do exterior, e mais cinco mortes, numa altura em que o país suspendeu temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo residentes.
Os países mais afectados a seguir a Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.640 mortes reportadas (38.309 casos), a França, com 2.314 mortes (37.575 casos) e os Estados Unidos com 2.191 mortes. Na Alemanha existem mais de 50 mil pessoas infectadas e registaram-se 389 vítimas mortais.