Victória Veríssimo, que falava à imprensa à margem da visita do Primeiro-ministro ao Serviço Nacional de Protecção Civil para conhecer o funcionamento da linha verde, informou que até ontem, no total, a linha verde recebeu 7915 chamadas.
“Num dia normal nós recebemos cerca 300 chamadas diárias, mas quando há confirmações, como foi o caso da Boa Vista e o caso da Praia, duplicam. Então são 600 chamadas. Até ontem, tivemos 7915 chamadas atendidas no total", avançou, acrescentando que, também, "sempre que há casos suspeitos, as chamadas duplicam”, .
A primeira preocupação de quem liga é, conforme informou, saber quais são os sintomas e as formas de contágio. A linha 800 11 12 recebe chamadas de todas as ilhas, sendo a maioria da ilha de Santiago, a seguir, da Boa Vista, São Vicente e depois Sal.
Entretanto, Victoria Veríssimo revela que muitas chamadas são de gozação. Nesse sentido, apela às pessoas para que façam um bom uso do número, de modo a não “atrapalhar “a linha. Esta, recorda, deve estar aberta a quem “realmente” necessita, para que a Protecção Civil possa dar uma resposta mais célere.
A Linha Verde é suportada por uma equipa constituída por 46 médicos de todo o país, que estão em constante alerta, mesmo durante a noite. A partir de hoje, passa a contar com mais 12 psicólogos, segundo a técnica.
“A equipa de enfermeiros e médicos faz a primeira triagem, o que facilita também o procedimento no terreno. Porque ao fazerem aqui a triagem já o médico no terreno consegue acompanhar o utente com maior facilidade”, explica.
Ontem, foi instalado um software que permite fazer o acompanhamento das chamadas e identificar o número pelo qual está a ser feita a chamada.
Isso visa permitir retornar chamadas que por algum motivo "caiam", feitas por alguém "realmente com algum sintoma". "Normalmente, às pessoas que fazem um mau uso da chamada, nós não retornamos”, informa.
Na mesma ocasião, o Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva avaliou a Linha Verde como sendo de “muita utilidade” no âmbito do encaminhamento e resposta à situações que exigem, depois, intervenção médica.
“Aquilo que nós apelamos é para que se faça um bom uso do número, não fazerem chamadas que não têm a finalidade para a qual a linha está constituída, porque isto serve também para podermos fazer uma despistagem em tempo e dar resposta em tempo”, apelou.
Questionado sobre as medidas de prevenção na cadeia civil, Ulisses Correia e Silva garantiu que as medidas estão em curso. Para exemplificar, anunciou que as visitas foram impedidas.
O chefe de governo reforçou ainda o apelo às pessoas para que cumpram as regras do estado de emergência.
“Mais do que uma pessoa num mesmo lugar é muita gente. Significa que deveremos ter todos os cuidados porque quanto mais cuidado, menos probabilidade teremos de ter casos em número significativo, melhor saúde para todos e menos tempo teremos desta situação de isolamento”, finalizou.