O mais recente caso positivo da Praia é de um homem de 45 anos, referiu o director nacional de saúde, Artur Correia, na conferência diária sobre a COVID-19.
"Entre ontem e hoje tivemos cinco casos suspeitos. Três na Praia, um em Santa Cruz e um na Boa Vista. Destes, um foi dado como positivo", apontou Artur Correia. Além deste caso, o DNS explicou que as 46 amostras que tinham sido enviadas de São Vicente "deram negativo".
Artur Correia disse igualmente que o único caso até agora registado em São Vicente "voltou a dar positivo" depois de realizado mais um teste de despistagem para a COVID-19.
Quanto ao caso positivo do Tarrafal, que tinha sido anunciado ontem, o Director Nacional de Saúde esclareceu que a investigação epidemiológica "trouxe uma informação, que pode ser importante, que é que o paciente esteve uma semana na Praia antes de ser identificado como positivo".
Quanto aos casos positivos de pessoas que vieram da Boa Vista, "que estavam em quarentena" e que vieram dessa ilha há cerca de 15 dias, "na fase final da quarentena deram positivo é uma prova de que o vírus estava a circular na comunidade" antes de os funcionários do RIU Karamboa terem saído do hotel. "Isto quer dizer que elas foram infectadas na comunidade independentemente das pessoas que estavam no hotel".
Já quanto à Praia "não há dúvida que o vírus já está a circular na comunidade", disse Artur Correia, que acrescentou que "não há dúvidas de que as medidas que foram tomadas tanto de contingência como do Estado de Emergência contribuíram, de forma significativa, para não termos um aumento brusco do número de casos".
Cabo Verde tem três ilhas afectadas pelo COVID-19 - Santiago, Boa Vista e São Vicente - onde se registaram, até agora 68 casos positivos da doença. "Nas outras ilhas ainda não temos qualquer caso, grandemente devido às medidas que foram tomadas de contenção de pessoas, de confinamento domiciliar, de proibição de viagens entre as ilhas. Tudo isso tem contribuído para dar tempo às autoridades de aumentar a capacidade de resposta para fazer face a essa pandemia", concluiu Artur Correia.