Num dia em que anunciou que não se registaram quaisquer casos suspeitos a nível nacional, o Director Nacional de Saúde, lamentou que a falta de transportes aéreos e marítimos esteja a dificultar o transporte das amostras de outras ilhas para a Praia.
Ao todo são sete casos que ainda aguardam resposta. Um em São Vicente e seis na Boa Vista.
Com as ilhas todas em quarentena "não há aviões e não há barcos", começou por explicar o Director Nacional de Saúde, Artur Correia e estão a ser realizados apenas "voos sanitários e de evacuações médicas" que a Direcção Nacional de Saúde tem aproveitado "para enviar amostras".
Dando o exemplo de São Vicente, Artur Correia explicou que "não tem havido voos". Aliás, no dia em que foi identificado um caso suspeito tinha havido um voo de evacuação médica. Mas "o caso suspeito só surgiu à tarde", já depois de o avião ter partido. "Neste momento, as informações que tenho é que há um barco que vai ser aproveitado amanhã para trazer essa amostra de São Vicente".
Já no caso da amostra do Sal, que também se encontrava a aguardar forma de transporte para a Praia, "a amostra foi feita depois de um avião ter partido, mas chegou esta tarde de barco. Está a ser analisada e eu espero que o mais tardar amanhã de manhã já teremos resultados".
Com o número crescente de pessoas a usar máscaras nas ruas, Artur Correia voltou a frisar que na actual situação epidemiológica do país "nós não aconselhamos a sua utilização" e garantiu que a Direcção Nacional de Saúde agirá sempre "tecnicamente, de acordo com aquilo que soubermos". "E podem ter a certeza. Se houver a necessidade de usar máscaras nós usaremos", concluiu.
Entretanto, não há ainda informação, por parte das autoridades portuguesas sobre os quatro casos, dados por Portugal, como sendo importados de Cabo Verde.
Até ao momento Cabo Verde registou seis casos de COVID-19, dos quais resultou uma morte. Há quatro dias que não surge um caso positivo para o coronavírus, mas há vários exames a serem ainda realizados a casos suspeitos.