Turistas de cruzeiro em Cabo Verde passam de subida de 66% até Março para zero

PorExpresso das Ilhas, Lusa,23 abr 2020 11:15

Cabo Verde recebeu mais de 18.000 turistas de cruzeiro no primeiro trimestre, um crescimento homólogo de quase 66%, mas desde meados de Março que se deixou de permitir a atracagem de navios, para travar a pandemia de COVID-19.

De acordo com relatórios estatísticos de tráfego da empresa pública Enapor – Portos de Cabo Verde, consultados hoje pela Lusa, os nove portos do país movimentaram 33 navios de cruzeiro no primeiro trimestre do ano, um aumento de 3,1% face ao mesmo período de 2019.

Apesar dos efeitos das restrições impostas ainda em Março por Cabo Verde para travar a pandemia de COVID-19, os portos do país receberam 18.872 passageiros de navios de cruzeiro, um aumento de quase 7.500 turistas em termos homólogos, equivalente a 65,8%.

Só no porto da Praia (ilha de Santiago), o crescimento de turistas em navios de cruzeiro chegou aos 157,1%, em termos homólogos, no mesmo período, atingindo os 6.489 passageiros, enquanto a lista continua a ser liderada pelo porto Grande, no Mindelo (ilha de São Vicente), com 10.690 passageiros, um crescimento de 44,5% face a 2019.

Números históricos que se seguem ao pico de 48.500 turistas em viagens de cruzeiro que visitaram Cabo Verde em 2019, um aumento de 3% face ao ano anterior e um novo recorde, segundo dados anteriores da Enapor, mas que ao longo das próximas semanas serão fortemente afectados.

Desde 19 de Março que está proibida a atracação ou acostagem de navios de cruzeiro, recreio e veleiros em Cabo Verde, com proveniência do estrangeiro, “salvo situações excepcionais, devidamente fundamentadas", mas sempre "supervisionadas pelas autoridades de saúde", conforme determinação do Governo, que tenta conter o alastramento da pandemia ao arquipélago.

Cabo Verde regista actualmente 82 casos de COVID-19, distribuídos pelas ilhas da Boa Vista (52), Santiago (29) e São Vicente (01). Um dos casos da Praia (Santiago) já foi considerado como recuperado da doença e o primeiro caso do país, confirmado em 19 de Março, na ilha da Boa Vista, terminou na morte de um turista inglês, de 62 anos.

Desde sábado que está em vigor um segundo período de estado de emergência, decretado pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, mantendo-se suspensas as ligações interilhas, sem ser conhecido qualquer prazo para revogação desta medida, em particular.

A declaração do actual estado de emergência prevê para as ilhas da Boa Vista, Santiago e São Vicente, todas com casos de COVID-19, que permaneça em vigor até às 24h00 de 02 de Maio. Nas restantes seis ilhas habitadas, sem casos diagnosticados de COVID-19, a prorrogação do estado de emergência é mais curto, até às 24h00 de 26 de Abril.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 181 mil mortos e infectou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 593.500 doentes foram considerados curados.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,23 abr 2020 11:15

Editado porSara Almeida  em  31 jan 2021 23:20

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