A informação foi avançada esta tarde, na conferência diária sobre a COVID-19 em Cabo Verde, pelo Director do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças.
Jorge Barreto explicou que o paciente "deu entrada no Hospital Ramiro Figueira na noite de sábado, tendo falecido na manhã de domingo". O funeral foi realizado no dia do óbito, sem a presença da família, indicou aquele responsável que esclareceu que a família não participou nas cerimónias fúnebres por já na altura o paciente se enquadrar num caso suspeito de infecção.
"Das informações que temos, trata-se de uma pessoa que tinha outros problemas de saúde e que chegou ao banco de urgência do hospital, no sábado à tarde, já numa situação crítica, que acabou por evoluir rapidamente para óbito. Não houve condições de salvá-lo".
Apesar de o paciente já ter falecido no domingo passado, só hoje houve confirmação de que se tratava um caso associado ao novo coronavírus.
Quanto aos trabalhos para descobrir o caso original de infecção na principal ilha turística do país, Jorge Barreto reconheceu que, até ao momento, a investigação epidemiológica não conduziu a resultados conclusivos.
"Pensamos que ainda vai levar algum tempo, porque ainda não se conseguiu chegar ao que chamamos de paciente zero e que poderá ter despoletado todos os casos. Há imensas hipóteses, a investigação ainda continua e não sabemos se iremos conseguir identificar de que forma a infecção foi introduzido na ilha do Sal", esclareceu Jorge Barreto.
Quanto ao facto de hoje o concelho de Santa Cruz não ter registado qualquer caso positivo, há a referir que o Laboratório de Virologia não analisou, nas últimas 24 horas, amostras vindas daquela localidade de Santiago Norte.
"As amostras trabalhadas foram amostras do Sal que já estavam também à espera, da Praia. Em Mindelo trabalharam as amostras de Santo Antão e de São Vicente. As amostras vão sendo trabalhadas conforme as condições permitem", concluiu Jorge Barreto na conferência de imprensa realizada ao fim da tarde desta quinta-feira.