Esta foi a constatação que Jorge Carlos Fonseca disse ter sobre a Boa Vista, no final do programa do dia, após de uma visita de informação e contactos junto dos responsáveis da edilidade, da Polícia Nacional, dos serviços de saúde e da protecção civil em que aproveitou para reconhecer o trabalho destas instituições que continuam na luta contra a pandemia da covid-19.
Para o Chefe de Estado, estas instituições estiveram, estão e devem continuar nesta luta porque, frisou, a epidemia continua e felizmente a situação está estabilizada na ilha da Boa Vista, mas entende que “é preciso fazer de tudo para que continue assim”.
O PR relembrou os desafios e problemas da ilha, como a qualidade da água, a questão da indemnização dos terrenos usados na construção do aeroporto, das necessidades da delegacia da saúde, bem como dos progressos da ilha, desde a sua última visita, em Setembro.
“Desta vez estamos com máscaras, com precauções e é sobretudo uma visita de conhecimento, de informação, de avaliação e de estímulo tendo também como pano de fundo, sobretudo, a situação sanitária, mas também os impactos da pandemia no tecido económico e social da ilha da Boa Vista”, afirmou o Presidente.
Conforme o PR, foi por isso que fez uma reunião com o presidente da Câmara da Boa Vista, José Luís Santos que lhe deu a conhecer com algum detalhe não só a situação da epidemia na ilha, o combate que foi travado para estancar a propagação do vírus e o modo como as instituições articularam para dar este combate.
Ainda sobre esta visita o mais alto magistrado da Nação avançou que teve conhecimento do impacto “tremendo” da epidemia na economia da ilha, que tinha e continua a ter um eixo fundamental que é o turismo, destacando o desemprego por causa do encerramento dos hotéis e de outras dificuldades sociais provocadas pela pandemia.
Segundo Jorge Carlos Fonseca, ficou ainda a saber das medidas tomadas para atenuar os efeitos na vida das pessoas e das comunidades, desde a assistência alimentar, através das cestas básicas, ao apoio financeiros e também à articulação do Governo através de um fundo de solidariedade social.
Quanto à visita efectuada à Delegacia de Saúde, Jorge Carlos Fonseca disse que deu conta de que há insuficiências que se mantém e que há aspectos que falhavam no tempo da sua última visita, mas que agora estão supridas, apontando como exemplo a existência de um médico obstetra, do RX que não funcionava, e ainda a construção de um pequeno bloco cirúrgico e o apetrechamento do centro de saúde com um conjunto de equipamentos através de um projecto belga.
Sobre a visita na Polícia Nacional, o mais alto magistrado da Nação conversou com a liderança da Polícia local, e dirigiu palavras de reconhecimento e de estímulo aos agentes locais e operacionais, incentivando-os a continuarem o trabalho em prol da ordem e da tranquilidade públicas, e também para a eventualidade de combate à pandemia na ilha, ao mesmo tempo que reconheceu o apoio fundamental da instituição nesta luta.
Em jeito de balanço da agenda de visitas, o Presidente da República concluiu, dizendo que o último encontro com todas as instituições foi para reconhecer os seus trabalhos e para ouvir as pessoas, o que pensam da situação, mas também dirigir umas palavras de estímulo.