Maritza Rosabal falava à imprensa à saída de um encontro com o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, no quadro de uma visita de dois dias que efectua à ilha.
Segundo a governante, o orçamento privativo será não só o início de uma autonomia, mas da municipalização das escolas.
“Cada escola tem um orçamento e isto é um passo rumo à autonomia e também à uma futura municipalização, mas tudo isso tem que ser reforçado em termos de formação, em termos de capacidade, em termos de planificação e de organização”, revelou Maritza Rosabal, para quem antigamente só as escolas secundárias tinham orçamento privativo.
A mesma fonte explicou que, por causa da pandemia da covid-19, o novo ano lectivo será atípico, pelo que o Ministério da Educação está a trabalhar em cenários diferentes de concelho para concelho e até dentro do mesmo município para o arranque do ano lectivo. Este trabalho, ajuntou, tem sido feito com os professores e com a comunidade educativa.
O ano lectivo vai funcionar de acordo com a situação sanitária de cada concelho, adiantou Maritza Rosabal, que informou ainda que “a regra número um é minimizar os efeitos do fecho antecipado do ano lectivo e garantir as aprendizagens”.
Sendo assim, explicou, as cinco primeiras semanas serão dedicadas à ressocialização das crianças ao espaço escolar e ao diagnóstico das aprendizagens.
Ou seja, “saber de onde estão para poder começar a partir daí”, sintetizou a ministra da Educação para quem os professores vão começar com conteúdos mínimos para depois seguir com conteúdos novos.
Sobre o encontro com o presidente da câmara, Augusto Neves, segundo a ministra serviu para conhecer a cobertura e a actualização do cadastro social único, cujo processo, segundo explicou, “já está muito avançado”.
O encontro permitiu ainda, conforme a governante, conhecer os passos sobre a implementação do programa de apoio de inclusão produtiva das famílias.
Da agenda de visita da ministra da Educação em São Vicente consta ainda encontros com equipas de gestão de agrupamentos, reunião com a delegação do Instituto da Criança e do Adolescente (ICCA) e visita às escolas com necessidade de reabilitações.