Francisco Nascimento, presidente da ANESP, afirma que a greve é um direito dos trabalhadores, mas sublinha que" não há motivos para a realização" e afirma que "os sindicatos sabem porque é que ainda não foi implementada a nova grelha salarial".
Em declarações à Inforpress, o representante da ANESP explica que "as empresas não estão em condições de cumprir com a proposta do aumento salarial estabelecido no acordo colectivo do trabalho que foi revisto em 2017".
Francisco Nascimento indica que do encontro da última sexta-feira, 18, com o Governo, no qual participaram o Sindicato da Indústria, Silvicultura, Agricultura e Pescas (SISCAP), Sindicato de Indústria, Alimentação, Construção Civil e Afins (SIACSA), Sindicato Indústria, Agricultura e Pesca (SIAP) e a ANESP houve um consenso sobre o Preço Indicativo de Referência (PIR).
O responsável refere que as empresas terão ainda de negociar com os seus clientes um novo valor a ser aplicado sobre o Preço Indicativo de Referência e o sector privado não vai ser abrangido pelo PIR.
“É um ganho para este sector sendo que está quase tudo definido e mais tardar até terça-feira todas as partes vão assinar a alteração do acordo colectivo de trabalho”, referiu o presidente que disse que é preciso que os sindicatos esclareçam os trabalhadores.
Francisco Nascimento explica que o Preço Indicativo de Referência (PIR) vai criar as condições para que ,paulatinamente, as empresas comecem a pagar o salário previsto no contrato de trabalho.
Na quinta-feira, o presidente do Sindicato Nacional dos Agentes de Segurança Pública e Privada, Serviços, Agricultura, Comércio e Pesca (SINTSEL), anunciou que os trabalhadores de segurança privada vão fazer uma greve de três dias, (21, a 23) a nível nacional para reivindicarem o aumento salarial.
Em causa está a proposta do aumento salarial estabelecido no acordo colectivo do trabalho que foi revisto em 2017 e com a promessa da sua implementação em Janeiro de 2020, mas ainda não foi implementada.