Paulo Rocha, que efectua esta visita de algumas horas ao Sal, esteve nas obras do Centro de Comando do Projecto Cidade Segura, na Esquadra da Polícia Nacional, em Santa Maria, tendo também acompanhado, no terreno, os trabalhos de instalação das câmaras de videovigilância, um pouco por toda a ilha.
“Com Cidade Segura, mais do que câmaras de videovigilância, temos aqui um bom centro de gestão das ocorrências, no comando da polícia, em Santa Maria, o que virá trazer rapidez na resposta às chamadas dos cidadãos, e elevar o nível de prevenção, antecipação das ocorrências criminais”, prognosticou.
Elevar o nível de prevenção e melhorar a capacidade de gestão das ocorrências criminais é para o ministro o “ganho maior” que se espera do projecto Cidade Segura, que vai contemplar a ilha do Sal com 90 câmaras videovigilância, entre as duas cidades.
“Uma boa parte das câmaras de videovigilância já está instalada, mas todas as câmaras vão estar instaladas este ano de 2020, no Sal”, assegurou, acrescentando, que vão também decorrer acções de formação, para fazer face à execução do projecto, na ilha.
“Estamos agora na segunda fase do projecto, a primeira fase foi implementada na Praia, há um ganho de experiência, há já “know how” na polícia que nos permite estar tranquilos quanto à execução do projecto no Sal, mas também em São Vicente e na Boa Vista”, sublinhou.
“Criar condições para que a polícia possa, com recurso aos meios que a tecnologia nos oferece, conseguir dar um salto na forma como faz o seu trabalho, conjugar meios tecnológicos com meios humanos (…). Passo a passo vamos tendo ganhos, esperando que para o ano vamos ter mais e melhor ainda”, concluiu.
Instado a pronunciar-se sobre a situação da criminalidade no Sal, Paulo Rocha disse que é “estável”, não obstante o registo de algumas ocorrências.
“Não temos tido ocorrências de maior, de tempos em tempos ocorrem alguns registos, mas a Polícia Nacional e a Polícia Judiciária têm sido bastante eficientes, que é o que importa para garantir a tranquilidade das pessoas”, considerou.
Confrontado, porém, com a situação de assalto à mão armada, circulação de arma de fogo na ilha, nos últimos dias, Paulo Rocha admite que ocorrências sempre haverão, mas o importante, disse, é as autoridades policiais serem “capazes e céleres” na reacção de modo a pôr um “stop rápido” sempre que surge um foco de criminalidade.