O chefe do Governo, que se deslocou à ilha na sequência da evolução da situação do novo coronavirus na ilha do Fogo, mostrou-se preocupado com a situação local, principalmente a de São Filipe que está com um nível de propagação relativamente elevado, acima da média nacional.
“Viemos para dar aquela força porque é um combate que tem de ser vencido com muita determinação, boa estratégia e com ampla participação do Serviço Nacional de Saúde, dos profissionais de saúde, Protecção Civil, Forças Armadas, Polícia Nacional, Cruz Vermelha, organização da sociedade civil e os cidadãos”, disse.
Para Ulisses Correia Silva, se o trabalho for reforçado, “de certeza”, que em pouco tempo vai-se baixar o nível de transmissão na ilha do Fogo, em particular, no município de São Filipe.
A estratégia, segundo o governante, passa por uma boa comunicação e sensibilização de modo que cada cidadão seja um “bom combatente”, seguindo as medidas anunciadas como o distanciamento social, uso das máscaras e higienização, sublinhando que se isso acontecer de forma generalizada e permanente haverá menos necessidade de chegar aos hospitais e ter pressão sobre os estabelecimentos hospitalares e aumentar o número de contágio.
Outra estratégia passa também por uma boa fiscalização já que os serviços de saúde “estão preparados para dar respostas”.
“A ilha está com problema de transmissão, mas reconhecemos que tem sido feito um bom combate”, disse o primeiro-ministro, indicando que o Governo está a aumentar os meios, quer humanos como materiais.
Na sexta-feira o hospital regional foi reforçado com um médico intensivista e um enfermeiro intensivista, além de mais um enfermeiro para o aspecto organizacional, sem contar com outras intervenções como a instalação do laboratório de virologia e envio de materiais e medicamentos.
“As condições técnicas estão criadas e agora é dar o ‘forcing’ para poder baixar o nível e colocar a ilha na normalidade”, defendeu Ulisses Correia e Silva que acredita na redução dos casos de infecção que, segundo o mesmo, é necessário que isso aconteça e para tal é fundamental o envolvimento de cada cidadão.
Este salientou que é fundamental combater com estratégia, intensidade e foco, lembrando que se aproxima da época natalícia e é preciso controlar o máximo agora porque o país precisa resolver este problema por causa da saúde, mas também por questão da economia, do rendimento, da pobreza e de um conjunto de factores que estão ligados.