“Os manuais escolares do 1º ao 8º ano já estão disponíveis”, garante a Directora Nacional da Educação.
No total são 43 títulos, entre manuais, guias e cadernos (mais três do que os referidos no ano passado pela ministra da educação, Maritza Rosabal), já disponíveis virtualmente no site do Ministério e distribuídos pela FICASE para venda nos correios e livrarias.
Falta ainda “criar” os manuais do 9.º ao 12.º ano. Essa falta de manuais escolares, indignou a primeira dama, Lígia Fonseca, que no encontro com os estudantes de todas as escolas secundárias na Praia, que decorreu no liceu de Achada Grande Frente, criticou os políticos cabo-verdianos, que sucessivamente não dão resposta a essa carência.
Confrontada com essa crítica a directora Nacional da Educação, relembra que, de facto, relativamente do 9.º ao 12.º ano, “nunca foram concebidos manuais em Cabo Verde”.
O trabalho para colmatar essa falha já está em curso, no âmbito mais alargado da reforma. “Temos uma consultoria internacional que está a conceber o documento conceptual da reforma do 9.º ao 12.º ano. Deste documento também vão ser elaborados os programas, porque os programas que precisam de ser actualizados, e com base nesses novos programas, irá começar a concepção dos manuais”.
Tudo isto faz parte de um processo, iniciado em 2016, 2017, e em curso, e no quadro do qual “já se fez um trabalho enorme para que, do 1 ao 8º ano, estejam disponíveis manuais”.
Será então com base nessa reforma curricular progressiva, que passará agora para o nível secundário que serão criados e produzidos os manuais em falta, à semelhança do que já aconteceu para os restantes anos de escolaridade.
Projecto Educativo “Melhoria da Qualidade da Educação”
Desde o ano lectivo 2017/2018 está a ser implementado o projecto educativo, que contempla novos programas curriculares. Até agora as mudanças efectuadas têm incidido no Ensino Básico, sendo que a partir de 2021/2022 começará a introdução da nova grelha curricular no Secundário.
O projecto Educativo, recorde-se, foi elaborado e publicado em 2016 e contou com a aprovação do Banco Mundial que disponibilizou um financiamento de 7,4 milhões de dólares.