“É para ajudar Cabo Verde”, disse Valter Vigini, gerente da Sanigo.CV, italiano que vive há 14 anos no arquipélago e quer seguir os passos da Sani.GO, uma sociedade que trabalha há muitos anos no âmbito social em Itália.
Num investimento feito por cidadãos italianos e orçado em quase 90 mil euros, o laboratório vai fazer cinco tipos de testes à covid-19, com o gerente a destacar a sua rapidez, em equipamentos sem custo de manutenção e que vão ser mudados a cada dois anos.
Segundo a directora técnica da Sanigo.CV, Jacqueline Monteiro, há três ‘kits’ de testes para detenção de anticorpos (IgG e IgM) e um que quantifica a quantidade de anticorpos presente no sangue.
O outro teste vai detectar se a vacina contra a covid-19 está a fazer efeito, ou não, 20 dias após a segunda dose. “É importante para a pessoa e para o país saber se as vacinas que estamos a adquirir são eficazes”, continuou a responsável, sublinhando a importância deste teste.
Cabo Verde prevê receber ainda este mês as primeiras vacinas no âmbito da Covax, uma iniciativa conjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Aliança para Acesso às Vacinas (Gavi), e ainda este ano pretende imunizar pelo menos 35% da população, superior às previsões de 20% do Plano Nacional de Vacinação.
Além destes, a clínica vai fazer outras análises e testes de rotina, ainda segundo a directora técnica, acrescentando que o laboratório tem “equipamentos avançados” que permitem dar respostas em 10 a 15 minutos para os testes rápidos.
Quanto aos testes de virologia (RT-PCR), Jacqueline Monteiro disse que a clínica ainda não está a fazer porque as instalações em Achada de Santo António não permitem e o equipamento que pretendem adquirir ainda não está disponível para o efeito.
Cabo Verde registava até domingo um acumulado de 15.400 casos da doença, 14.814 considerados recuperados e 147 óbitos.