“É também um grande momento porque acontece num ano das eleições legislativas e é uma forma de fazer com que os nossos militantes e simpatizantes e todo o Cabo Verde se mobilizem para a grande vitória no dia 18 de Abril”, enfatizou Ulisses Correia e Silva, acrescentando que o seu partido tem de vencer essas eleições de “forma clara”, porque Cabo Verde tem de ter “governos estáveis para garantir de forma sustentável o desenvolvimento”.
O líder do Movimento para a Democracia (MpD) fez essas declarações à Inforpress, ao presidir o 31º aniversário do MpD, que foi criado a 14 de Março de 1990.
Segundo ele, há 31 anos que o MpD “está a servir Cabo Verde” e que esta força política está ligada a capítulos “mais importantes da história” do País independente.
O advento da democracia e da liberdade, conforme afirmou, constituem a página “mais nobre” do arquipélago, porque o MpD “incorpora a vontade de gerações que sempre sonharam que a independência traria liberdade e democracia”, o que, sublinhou, “aconteceu a 13 de Janeiro de 1991”.
“Cabo Verde é considerado o país mais livre da África e o 13 de Janeiro está ligado a isto”, apontou o líder do partido que sustenta o Governo, acrescentando que foi no período do Estado de Direito Democrática que Cabo Verde “entrou na era da civilização e do desenvolvimento”.
Depois de 31 anos, prosseguiu o presidente do MpD, é obrigação de todos “preservar, cuidar e aprimorar” os referidos valores, “numa empreitada sem fim”.
Para Correia e Silva, o País está a viver “tempos difíceis”, o que exige “governo corajoso, seguro e comprometido com a nação cabo-verdiana”.
“É preciso que o MpD continue no Governo, porque damos a garantia de colocar Cabo Verde no caminho seguro”, admitiu, apontando a chegada das primeiras vacinas contra a covid-19 como uma “porta aberta para a esperança”.
“Vamos fazer de tudo para que mais 70 por cento da população seja vacinada”, comprometeu-se o líder do MpD, que é também primeiro-ministro de Cabo Verde.
Na sua perspectiva, no Cabo Verde independente, o MpD é o partido que governou em contexto “mais difícil” de qualquer outro, citando os três anos consecutivos de “seca severa e pandemia da convid-19.
O MpD ganhou as primeiras eleições depois do fim do sistema de partido único imposto pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (hoje PAICV), nas quais obteve mais de 2/3 dos deputados da Assembleia Nacional.
Governou o País durante dez anos e em 2001, foi para a oposição onde ficou durante 15 anos para, em 2016, voltar de novo ao poder.