Em declarações à comunicação social, hoje no Mindelo, o Primeiro-ministro, após ser questionado sobre o comunicado emitido pela Associação das Agências de Viagens, declarou que o governo tem conhecimento de um diferendo entre os TICV e a Agência da Aviação Civil (AAC), a reguladora do sector.
“O Governo está a intermediar neste processo para que se resolva rapidamente este problema entre a reguladora e a companhia de aviação e pensamos que nos próximos dias estará resolvido”, concretizou Correia e Silva.
O primeiro-ministro disse igualmente que este conflito entre TICV e AAC se relaciona com a aplicação de normas e de regras, que a empresa entende não dever ser da forma como está a ser aplicada e a reguladora entende de forma diferente.
De recordar que hoje a Associação de Agências de Viagens e Turismo emitiu um comunicado em que dá conta da impossibilidade de marcação de voos interilhas na TICV e que "contactos estabelecidos com as entidades competentes não resultaram em nenhum cabal esclarecimento" da situação.
A 11 de Março, como recorda a Lusa, o Governo de Cabo Verde assinou um protocolo de colaboração com várias instituições públicas e privadas ligadas ao turismo, entre elas a AAVT e a TICV, com várias medidas para promover o turismo interno.
O documento visa a promoção de actividades que permitam o desenvolvimento de parcerias conjuntas e cooperação multilateral e da parceria institucional para potenciar o fomento do sector do turismo interno, especialmente em tempo de pandemia e de pós-pandemia de covid-19.
Um dos aspectos do protocolo será a redução dos custos de tarifas de transportes de 40% em relação à tarifa base de referência, para venda exclusivamente em pacotes turísticos interilhas.
Na altura, o presidente da AAVT considerou a assinatura do protocolo como um “momento marcante” que poderá representar um “ponto de viragem” para as empresas do sector e uma “luz ao fundo do túnel” para “salvação dos negócios” de várias agências, bastante afectadas pela crise pandémica.
O Expresso das Ilhas tentou contactar a TICV e a agência reguladora do sector da aviação civil, mas ninguém se mostrou disponível para prestar esclarecimentos.