Segundo Arlindo do Rosário, "a maior parte dos casos registados no País, até agora, têm evoluído de forma assintomática, mas desde Fevereiro registou-se um aumento de casos sintomáticos", e isso, adiantou o ministro, acaba por criar pressão sobre os serviços de Saúde e sobre o Sistema Nacional de Saúde (SNS).
O governante identifica várias razões para o aumento de casos de COVID-19 no País, a primeira das quais tem a ver com o facto de as pessoas não estarem a seguir as orientações das autoridades sanitárias.
“O uso de máscaras tem sido cada vez menor, as festas particulares continuam acontecendo, discotecas, pub’s, ou seja, várias situações onde há a possibilidade de haver aglomerações”, disse Arlindo do Rosário, que não deixou de fora as campanhas eleitorais, sobretudo, as ‘arruadas’, que, conforme disse, “também têm contribuído para o aumento de casos”.
Por isso, o ministro da Saúde apelou “à consciência cidadã, à responsabilidade de todos os cabo-verdianos” durante o acto eleitoral de 18 de Abril, porque, em seu entender, “é possível realizar esse acto importante sem comprometer a saúde dos cabo-verdianos”.
“A saúde está em primeiro lugar”, defendeu o ministro, que fez questão de vincar que “nada é mais importante do que a Saúde”, razão porque lançou o apelo aos partidos políticos e aos cidadãos, para o cumprimento das medidas preventivas da COVID-19.
Segundo Arlindo do Rosário, não é impeditivo ter actividades de campanha se as regras forem cumpridas, se as pessoas viverem de forma diferente, numa altura em que o País se aproxima dos 20 mil casos acumulados desde o início da pandemia, há um ano e um mês, com uma taxa de recuperação “muito boa” – cerca de 90 por cento (%) – e uma taxa de letalidade dentro daquilo que tem sido esperado em vários países (01%).
O ministro da Saúde disse estar “preocupado” com o número de casos sintomáticos e com os casos que estão a evoluir para situações mais críticas e que podem pôr em causa o Sistema Nacional de Saúde.
Arlindo do Rosário afirmou que a campanha de vacinação está a decorrer em bom ritmo, em todo o país, com todos os profissionais da Saúde, quer do sector público quer do sector privado, e muitos idosos já vacinados.
O titular da pasta da Saúde descartou, para já, a declaração do estado de emergência e disse acreditar que as medidas contidas no estado contingência, em vigor, se forem devidamente aplicadas serão suficientes para manter a situação controlada.