Na sua mensagem alusiva aos 163 anos da elevação da Vila para a Cidade, que se celebra hoje, 29 de Abril.
Jorge Carlos Fonseca lembrou que esta é a segunda vez que os praienses comemoram o dia da elevação da Vila a Cidade, ocorrida há 163 anos, só este ano esta data ocorre num contexto de pandemia.
“No entanto, podemos também verificar como, de um ano a esta parte, as populações e as instituições vêm sabendo adaptar-se às exigências deste tempo especial e encontrar soluções, numa articulação com as medidas sanitárias que foram sendo aprovadas e aplicadas pelas autoridades”, indica.
Para o Chefe do Estado, a concentração de várias estruturas médicas e sanitárias, hospitais, universidades, instituições públicas e privadas, também colocam pressão nesta urbe, que cresce todos os dias, nos vários sentidos.
“Se aqui estão concentrados a maior parte dos recursos do país, também é aqui que a situação tende a complicar-se mais, a todos os níveis. Esta realidade obriga a um cuidado redobrado por parte das autoridades”, destaca.
Jorge Carlos Fonseca afirmou que a cidade da Praia se transformou no ancoradouro de homens e mulheres de todas as ilhas e municípios. “A busca por uma vida melhor faz chegar, permanentemente, novos habitantes, o que coloca novos desafios às autoridades”.
Mas, por outro lado, disse que é graças a essa diversidade populacional que a Praia hoje se mostra robusta, cultural e activa. “A sua energia vem-lhe da soma de todos quantos nela labutam e ajudam a construi-la, a torná-la mais tolerante e inclusiva, a ser uma casa onde cabem todos. Dos taxistas aos barbeiros, dos comerciantes aos empresários, dos funcionários públicos aos estudantes, profissionais liberais, técnicos e classe médica, professores a trabalhadores indiferenciados”.
Conforme o Chefe do Estado, a capital do país foi construída pela mão de várias gerações, vários crioulos, vários tons musicais, mornas, coladeiras, funanás, batuques e tchabetas, e que tem na sua esteira aquilo que de melhor sabemos fazer, que melhor nos identifica e poderemos deixar às gerações vindouras. "Faço votos para que as próximas comemorações deste dia decorram já num clima de normalidade e que os praienses possam olha para este período, aliviados, e com a esperança e a confiança renovadas no olhar".