Cabo Verde está negociar para conseguir mais 250 mil doses de vacina contra COVID-19 junto da China

PorInforpress, Expresso das Ilhas,12 jun 2021 9:57

O ministro da Saúde disse hoje que Cabo Verde está a negociar a possibilidade de conseguir mais 250 mil doses de vacina contra COVID-19 junto da China, para além das 50 mil doses Sinopharm recebidas esta sexta-feira.

Arlindo do Rosário deu esta informação à imprensa momentos após a cerimónia de recepção oficial das 50 mil doses de vacinas Sinopharm, acto que contou com as presenças do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e do embaixador da China, Du Xiaoncong, além de outras individualidades.

“Esse donativo da República Popular da China, de 50 mil doses de vacina, chegou em boa hora. Nós estamos num processo de acelerar a vacinação. Já anunciamos que queremos atingir a meta de 70% da população vacinada até o final do ano e esse donativo vem exatamente nessa linha e vai ajudar-nos a cumprir este objectivo”, disse.

O governante frisou que, para além dessas 50 mil, Cabo Verde está a negociar também com o governo chinês para conseguir mais 250 mil doses de vacina, que deverão chegar nos próximos tempos.

“É um momento também de reconhecer o excelente trabalho a nível diplomático que tem sido realizado, para além de tudo que tem sido feito via plataforma Covax, esse trabalho a nível das relações bilaterais com vários países, nomeadamente com a China, tem dado fruto”, prosseguiu, completando que é com essa convicção que o Governo entende que “há todas as condições” para, de facto, ter a população vacinada.

Ainda nas suas declarações, Arlindo do Rosário realçou que a campanha de vacinação arrancou com força nas ilhas do Sal e da Boa Vista, mas que, também nas outras ilhas, está indo em “bom ritmo”, pelo que as autoridades sanitárias estão contentes com o ritmo que a vacinação está a correr em Cabo Verde.

Questionado sobre quantas vacinas Cabo Verde precisa para atingir sua meta, o ministro da Saúde respondeu que a população acima dos 18 anos, que a faixa elegível para a vacinação, ronda a volta dos 360 e os 370 mil, números que, conforme disse, terão de ser multiplicado por dois, se forem duas doses.

“Mas sabemos que podemos ter a oportunidade de termos vacinas que apenas exigem uma dose, como por exemplo a vacina do Johnson & Johnson só precisa de uma dose”, acrescentou.

De todo o modo, Arlindo do Rosário pontuou que o mais importante é que essas 200 mil que o país tem disponível não serão para vacinar toda a gente com a primeira dose, uma vez que há, inclusive, pessoas que a partir do final deste mês de Junho vão começar a receber a segunda dose da vacina AstraZeneca.

“As vacinas que nós temos são para vacinar a segunda dose, mas também muita gente com a primeira dose. Digamos que até ao final do ano o processo de vacinação vai ser continuo”, finalizou.

Com mais este lote da vacina chinesa, o arquipélago passa a dispor de mais de 200 mil doses de vacinas, segundo o ministro da Saúde, quantidade que dá para imunizar mais de 30% da população elegível para vacinação anti-covid-19.

A meta do Governo é vacinar até 70% da população cabo-verdiana com mais de 18 anos até ao final deste ano de 2021.

Mais de 10% da população já foi vacinada com a primeira fase da vacina AstraZeneca e 2.700 pessoas que receberam a vacina da Pfizer já tomaram a segunda dose, estando completamente imunizadas.

A representante do Banco Mundial em Cabo Verde disse esta semana que a instituição está disponível para financiar a aquisição das vacinas em falta para imunizar a população cabo-verdiana contra a COVID-19.

O Banco Mundial disponibilizou já cinco milhões de dólares para a aquisição das vacinas e está disponível para dobrar ou até triplicar esse valor em função da demanda do país de vacinar 70% da população até final deste ano.

O programa de vacinação contra covid-19 arrancou em finais de Março, quando o país recebeu no âmbito do Covax da OMS um total de 24 mil doses da AstraZeneca e 5.850 da Pfizer, tendo sido vacinados em primeiro lugar os profissionais de saúde e idosos com mais de 70 anos.

A faixa etária abrangida baixou para até 60 anos e neste momento estão a ser abrangidos todos os cidadãos com mais de 45 anos, doentes crónicos e grupos profissionais, sendo a população elegível todas as pessoas com mais de 18 anos.

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Autoria:Inforpress, Expresso das Ilhas,12 jun 2021 9:57

Editado porSheilla Ribeiro  em  24 mar 2022 23:21

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