Esta conferência de imprensa de hoje contou com a presença dos Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário e do ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, que anunciou a suspensão de Carnaval, Dia de Cinza, Dia de Municípios e Corrida da Liberdade.
Segundo Jorge Noel Barreto, os óbitos têm estado a aumentar. Em Dezembro de 2021 registou-se um óbito e entre o dia 1 e o dia 10 de Janeiro já foram contabilizadas 11 mortes provocadas pela COVID-19.
“Em Janeiro do ano passado tínhamos tido 21 óbitos, e neste mês de Janeiro já temos 11 óbitos e a maioria deles são pessoas que têm 60 ou mais anos de idade e 6 desses óbitos estavam completamente vacinados e 5 não estavam vacinados”, indica.
O Director Nacional de Saúde acrescentou que a maioria das pessoas que acabaram por morrer tinham outros problemas de saúde que acabaram por contribuir para este desfecho desfavorável.
Em termos de internamentos, disse que há 61 pessoas internadas por SARS – CoV-2, 11 no hospital Agostinho Neto, 19 no hospital Baptista de Sousa, 16 no hospital Santa Rita Vieira, 2 no hospital Ramiro Figueira, 4 no hospital São Francisco de Assis e 7 no hospital João Morais.
“A maior parte das pessoas que se encontram internadas estão vacinadas como era de se prever, porque como sabemos as nossas taxas de vacinação são muito altas, 67% dessas pessoas estão vacinadas, talvez por isso o número de doentes graves ou críticos não seja tanto. 20 desses doentes não estão vacinados o que corresponde a 32,8%”, frisa.
Balanço
Nos últimos 14 dias, de 27 de Dezembro a 9 de Janeiro, Jorge Barreto citou que foi analisado um total de 34.447 amostras o que dá uma média de 2461 amostras analisadas por dia e foram identificados 11.210 casos novos nesse período e uma média de 801 casos por dia o que dá uma taxa de positividade de 32,5%.
“Nos 14 dias anteriores, de 16 a 26 de Dezembro de 2021, foi analisado um total de 10.441 amostras, o que dá uma média de 746 amostras por dia, foram identificados 620 casos novos o que dá uma média de 44 casos novos por dia e uma taxa de positividade de 6%”, referiu o Director Nacional de Saúde.
Para Jorge Noel Barreto manteve-se o agravamento da situação sanitária com a identificação de casos coincidentes com a variante Ómicron, “é uma variante de preocupação que tem tido a característica de ser muito mais transmissível do que as outras variantes que já foram identificadas”.
A taxa de transmissibilidade (Rt) a nível nacional, indicou neste momento é de 1,36, ainda está acima de 1. “Em relação à taxa de incidência acumulada, temos a nível nacional uma taxa de 1990 casos por 100 mil habitantes, enquanto que nos dias anteriores era de 110 por 100 mil habitantes”.
Neste momento todos os concelhos estão com uma taxa de incidência acumulada muito superior a 150 por 100 mil habitantes.
Neste momento, o país conta com 5566 casos activos, 45002 casos recuperados, 362 óbitos, 20 óbitos por outras causas e 9 transferidos, perfazendo um total de 50959 casos positivos acumulados.