“Da conta que tínhamos feito, de Janeiro para cá foram mais de 120 [profissionais de saúde infectados]. Foi um número bastante expressivo em pouco tempo. Ainda há profissionais de saúde que ainda não tiveram COVID-19 e existe essa susceptibilidade de ainda alguém contrair a doença”, refere.
Os casos aumentaram no seio dos profissionais de saúde no mesmo período em que o país registou uma subida exponencial de novas infecções, e numa altura em que as autoridades sanitárias confirmaram oficialmente a circulação da variante Ómicron em Cabo Verde.
“Neste momento a incidência já baixou consideravelmente. Tivemos situações em que num dia tivemos entre 10 e 12 profissionais de saúde infectados. Mas com a diminuição dos casos na população, as infecções também diminuíram, tanto em termos de internamento, como também no seio dos profissionais de saúde. Neste momento, a situação já está controlada”, garante.
A 5 de Janeiro, altura em que pelo menos 40 profissionais de saúde tinham testado positivo, a directora do Hospital Baptista de Sousa, Ana Brito, declarava que a situação tinha obrigado a uma “reorganização” com escalas de serviço “mais apertadas”.
Os profissionais de saúde estão especialmente vulneráveis à COVID-19, principalmente os que prestam cuidados de saúde directos e de maior risco de contágio, com casos confirmados de infecção por SARS-CoV-2. Em todo o mundo, foram milhares os casos e mortes de trabalhadores infectados.