Os dados foram avançados à imprensa por Cármen Oliveira, consultora do estudo.
"Os resultados são bastantes satisfatórios, uma vez que se estima uma sustentabilidade até 2053, uma duração de 30 anos. Até lá temos garantida a sustentabilidade com as premissas que estamos a considerar no momento do fecho do estudo. Os estudos são de longo prazo, temos que assumir premissas pressupostas macroeconómicas actuariais e demográficas, e com essas estimativas os resultados são esses”, avança.
A presidente da Comissão Executiva do INPS, Orlanda Ferreira, avança que o estudo traz informações pertinentes, com destaque para a tendência crescente do número de pensionistas, com reflexos na sustentabilidade dos sistemas geridos pelo INPS.
''Hoje temos 8893 pensionistas, representando um acréscimo de aproximadamente 32% nos últimos 3 anos, e com custos cada vez mais elevados. Apesar do rácio indicar uma média de 12 segurados por cada pensionista, revelando uma população activa superior à população reformada, a tendência do crescimento nos próximos anos deve ser uma preocupação em termos de sustentabilidade. Daí as responsabilidades futuras, e a necessidade de uma gestão cada vez mais direccionada para o retorno das aplicações financeiras, sem se esquecer que a extensão da protecção social continua a ser o objectivo principal a alcançar pelo INPS", explica.
Orlanda Ferreira avança que, em termos da distribuição de receitas, não há muita margem para recompor o ramo das pensões, visto que o ramo doença/maternidade absorve praticamente a totalidade das receitas afectas.
A abertura da cerimónia de apresentação do Estudo Actuarial do Sistema de Protecção Social Obrigatória foi presidida pelo vice-Primeiro-Ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia.