“É o alcançar de mais um marco relevante na trajectória que o país tem realizado, com vista à redução gradual, consistente e sustentada da mortalidade infantil mas também da melhoria de cuidados nutricionais dispensados às crianças, sobretudo no primeiro ano de vida”, reforça o governante.
No seu discurso, o ministro que tutela a Saúde destacou “outros valores e simbolismo“ envolvidos no projecto.
“É um momento que se reveste de enorme simbolismo, na medida em que é a expressão de um misto de valores, sentimentos e princípios que gostaria de destacar. Em primeiro lugar, o amor. Os bancos de leite são, sobretudo, um gesto de amor das mães ao doarem o seu leite para alimentar outras crianças que dele precisam. É um acto de partilha que pode garantir a sobrevivência de outras vidas. É também um acto de inclusão, que permite que toda a criança que dele necessita possa ter acesso a este alimento preciso”, sublinha.
Na mesma linha, o director clínico do HBS, Paulo Almeida, destaca a resolução do problema de falta de leite na unidade hospitalar.
“Inauguramos o nosso banco de leite, é o primeiro do Barlavento. Isso quer dizer que, a partir de agora, vamos poder estar em condições de resolver problemas de falta de leite e proporcionar melhor saúde a alguns dos nossos recém-nascidos, quiçá inclusive salvar vidas”, nota.
O Banco de Leite materno do HBS entra efectivamente em funções a partir de 8 de Setembro. Os próximos dias serão dedicados à formação e capacitação do pessoal técnico por uma equipa especializada do Brasil.
A criação do Banco de Leite Materno resulta de uma cooperação técnica entre o governo, a Unicef e o governo brasileiro, no âmbito de um projecto assinado em 2008. Implementado em duas fases, contemplou, em 2011, a criação do primeiro banco, no Hospital Agostinho Neto, cidade da Praia, e agora, na segunda fase, a abertura do serviço no Hospital Baptista de Sousa (HBS), em São Vicente.