Declarações proferidas à imprensa por Ana Brito, presidente do Conselho de Administração do HBS, numa reacção à conferência de imprensa que os deputados do maior partido da oposição deram esta quinta-feira, em frente à unidade hospitalar.
“Os recentes óbitos de recém-nascidos que se verificam no último mês não ficaram sem explicação. Foram óbitos não evitáveis e de causas conhecidas, que podem verificar-se em qualquer hospital, ainda que de países desenvolvidos. Não existe qualquer bateria a circular nos serviços de pediatria, como alguém mal informado disse recentemente nas redes sociais”, explica.
“A taxa de mortalidade no serviço de neonatologia do HBS foi de 1,2% por cada mil nascimentos vivos no ano de 2022, portanto 3,5 vezes menor que a taxa de mortalidade esperada nos países desenvolvidos, sendo, pois, completamente despropositada a chamada de atenção pelos ilustres deputados para um suposto aumento da mortalidade”, garante.
Ana Brito diz que os serviços de neonatologia, com uma unidade de tratamento intensivo, foram os que mais se desenvolveram no HBS e funcionam com um médico especialista a tempo inteiro. Quanto ao alegado aumento da mortalidade entre idosos, por falta de tratamento, denunciado pelos deputados do PAICV, a responsável diz que são afirmações falsas, alarmistas e irresponsáveis.
Ana Brito também nega a falta de materiais para cirurgias e o aumento de espera para exames de sangue.
“Na linha das inverdades publicadas pelos senhores deputados do PAICV de São Vicente esclarece-se que não é verdade que o número de cirurgias no HBS tenha diminuído por causa da escassez ou diminuição de material disponível. Diariamente, fazem-se cirurgias no HBS em regime non-stop, verificando, nesse particular, a enorme contribuição que nos vêm dando missões estrangeiras de cooperação”, realça.