As declarações foram feitas, esta manhã, em frente ao hospital, pela deputada do maior partido da oposição, Josina Freitas, em jeito de balanço das visitas ao círculo eleitoral.
“Tem havido um aumento crescente de óbitos entre os recém-nascidos, chegando a mais de cinco no mês passado e sem nenhuma explicação. Há vez menos doentes a serem operados por falta de material para as cirurgias e um número crescente e alarmante de idosos que têm falecido por falta de tratamento adequado. Estamos a perder vidas e ninguém está a ser responsabilizado. Estamos a perder vidas e o Governo não quer ver”, diz.
Josina Freitas considera que se por um lado consegue-se salvar menos vidas no Hospital Baptista de Sousa, no tocante à prevenção o quadro não é melhor.
“Se antes o tempo máximo para fazer uma análise era de dois meses, hoje chega a oito meses. É inexplicável. Não se consegue fazer citologia hoje no HBS – importante para a prevenção do cancro do colo do útero, não temos ainda o aparelho de TAC várias vezes prometido, inclusive no Parlamento”, aponta.
Para o PAICV, é importante e urgente rever o sistema montado na central de consultas, porque o “seu mau funcionamento constitui o principal obstáculo ao tratamento adequado dos doentes”.
Relativamente à gestão de quadros, o partido afirma que os especialistas nacionais continuam a aguardar o enquadramento legal, sendo que trabalham como especialistas, mas recebem como clínicos gerais.
Quanto aos médicos estrangeiros, a força política lamenta o facto de os mesmos privilegiarem as clínicas privadas, um acto que considera ilegal “perante o fechar de olhos da administração do HBS e do Governo”.