As declarações do maior partido da oposição foram proferidas, hoje, em São Vicente, pela deputada Josina Freitas. A parlamentar refere que a ausência de medicamentos no mercado tem sido um drama para os pacientes crónicos.
“Essa ruptura não deriva só de factores externos. Cabo verde tem de gerir constantemente os factores externos. Não podem ser a única desculpa. Há uma má gestão das últimas direcções da Emprovac. Quem as nomeia? É o Governo. Então tem que ser chamado à responsabilidade”, defende.
“Neste momento, com essa ruptura de stock, os pacientes estão divididos em dois grupos: os que podem pagar e são obrigados a recorrer ao mercado internacional, e os que não têm meios financeiros para tal e são obrigados a esperar as consequências que a ausência da medicação pode causar. Estas consequências, como todos sabemos, podem ser dramáticas”, refere.
Josina Freitas diz que antes da guerra na Ucrânia o país já enfrentou situações de ruptura de stock de medicamentos, pelo que o Governo deve assumir a sua responsabilidade e responder às necessidades da população. O PAICV não descarta a hipótese de recorrer às instâncias judiciais para assacar responsabilidades.
“Com certeza porque estamos na oposição, mas fomos eleitos e temos essa obrigação de defender os direitos do povo. Estamos a seguir de perto e queremos ver qual a acção que o Governo vai ter”, diz.
Em declarações feitas esta terça-feira à Inforpress, a Administradora Executiva da Emprofac, Sara Pereira, garantiu que a reposição da insulina rápida nas farmácias vai ser feita até sexta-feira.
A mesma fonte disse que Cabo Verde, ao longo dos anos tem tido alguma indisponibilidade de insulina rápida, por se tratar de um produto que tem tido problemas a nível global na sua produção, por causa da matéria prima.
A administradora Executiva da Emprofac garantiu igualmente que o stock adquirido está a caminho de Cabo Verde e poderá garantir o fornecimento por um período de um ano.