Dora Pires nega ilegalidade na marcação da sessão da Assembleia Municipal de São Vicente

PorLourdes Fortes, Rádio Morabeza,27 abr 2023 7:42

Dora Pires refuta as acusações de ilegalidade na marcação da sessão da Assembleia Municipal de São Vicente, com início esta quinta-feira. A presidente da Assembleia Municipal diz que cumpriu o regimento e recorda que a data da sessão foi validada na conferência de representantes pelos líderes das bancadas municipais, realizada em Março.

Dora Pires falava à imprensa na tarde desta quarta-feira, em reação às declarações dos eleitos municipais do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) e um do Movimento Independente Más Soncent (MIMS) que a acusam de “atropelar as leis e os instrumentos municipais”.

“A Assembleia está a cumprir a legalidade. Marcar a sessão é obrigatório segundo o regimento. Agora, se a agenda será aprovada, caberá a Assembleia a decidir, mas temos que marcar a sessão, este é que é o ponto essencial. A plenária é soberana. Houve consenso [na conferência de representantes] e marcámos a sessão.

Dora Pires assegura que ao marcar a sessão na Assembleia Municipal está a repor a legalidade à instituição.

“Repor a legalidade é marcar as sessões. Justificámos [anteriormente] que não houve sessões porque não havia documento, agora o relatório de actividades deu entrada, pediu-se para solicitar a acta e nós solicitamo-la à Câmara Municipal. A Assembleia deve marcar a sessão e o tempo que decorre entre a convocatória até a realização da sessão, o documento pode ou não ser aprovado na Câmara. Isso já não é o ponto essencial. O ponto essencial é marcar a sessão, segundo diz o regimento”, esclarece.

Questionada sobre se houve alguma mudança na interpretação do regimento, na sequência do entendimento anunciado entre a UCID e o MpD, na Câmara Municipal, a presidente da Assembleia Municipal nega.

“Com ajuda de outros juristas, fizemos uma leitura - sem moção - do artigo 28 que diz que é obrigatória a convocação de uma sessão ordinária por trimestre. Não diz que é apenas para apreciação do relatório, das contas de gerência ou do orçamento. Há interpretações que apontam que é apenas para apreciar e aprovar estes documentos, mas o regimento não diz que é exclusivo para isso. Então, eu disse aos meus colegas que era hora de repormos a legalidade”, assegura.

A UCID anunciou na semana passada um entendimento com o MpD, no sentido de se ultrapassar o impasse e garantir o “funcionamento integral” da edilidade.

O memorando, que deverá ser assinado em breve, resulta de um entendimento alcançado entre os líderes dos dois partidos, realizado em Fevereiro. O PAICV refere que foi excluído do alegado acordo.

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Autoria:Lourdes Fortes, Rádio Morabeza,27 abr 2023 7:42

Editado porAndre Amaral  em  20 jan 2024 23:28

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