Já com missões cumpridas em países outros da África e da Ásia, Ana Graça disse em entrevista à Inforpress, que “Cabo Verde tem um nível de desenvolvimento que é reconhecido internacionalmente pelos vários índices, como um país estável, democrático, de boa governação, onde os direitos humanos são respeitados e a população actua de uma forma muito cívica”.
“Há muita consciência da importância de preservar valores, de cuidar do próximo, cuidar das comunidades, cuidar de cada uma das suas casas, da sua saúde, da educação. Isto tem contribuído ao longo dos anos da independência para um estado de desenvolvimento pacífico e sólido”, referiu.
Nesta perspectiva, assinalou progressos verificados neste arquipélago ao nível da saúde, da educação, de cuidados para com os mais vulneráveis, ressaltando que Cabo Verde se pontifica como um “país sólido, democrático” e que tem feito estes progressos, “ainda com desafios para alcançar”.
Ana Graça fez questão de afirmar que as Nações Unidas trabalham sempre para estarem alinhadas aos planos nacionais, isto é, ao plano do desenvolvimento sustentável do país, enquanto um parceiro que desde o primeiro momento labora da mesma forma que o Governo e a sociedade civil trabalham em colaboração com os quadros de cooperação das Nações Unidas.
Declarou que neste quadro “há sempre um alinhamento do trabalho das agências das Nações Unidas, tanto aos planos de prioridades nacionais, como aos grandes marcos internacionais, seja Agenda’2030 para o Desenvolvimento Sustentável, sejam os princípios da Carta das Nações Unidas e das Declarações de Direito Internacional”.
Regozija-se com o cumprimento e alinhamento que, a seu ver, anda par a par entre o Sistema das Nações Unidas e Cabo Verde, asseverando que enquanto estado insular, de 10 ilhas, as políticas para o este arquipélago enquadram-se na “grande atenção e liderança” que é dada relativamente a Agenda de Samoa, para pôr cobro às necessidades e vulnerabilidade especial.
Em contrapartida, sublinhou a contribuição que Cabo Verde faz em termos globais, no cumprimento das metas do clima, como o Acordo de Paris, com a transição energética, com a redução das emissões de C02 para efeitos de gases e estufas, e com os planos de mitigação e de adaptação das alterações climáticas.
“É também uma contribuição que Cabo Verde dá ao mundo, ao mesmo tempo que chamamos atenção para as necessidades especiais e específicas de Cabo Verde, enquanto estado insular com vulnerabilidades muito mais fortes, seja em termos ambientais, económicos e sociais”, elucidou Ana Graça.
No término do seu mandado, coincidentemente com este ciclo do quadro de cooperação, que acaba em Dezembro, Ana Graça, disse que assim como todos os funcionários deste organismo internacional, sente-se “honrada” pelo reconhecimento do Presidente da República, José Maria Neves, em como as Nações Unidas afiguram-se como um dos principais pilares do desenvolvimento de Cabo Verde.