MP arquiva processo de homicídio de Zézito Denti d’ Ouro

PorExpresso das Ilhas, Lusa,11 nov 2022 17:23

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​O Ministério Público arquivou o “Caso Morte em Cidadela”, ocorrido há oito anos por ter encontrado "prova bastante" de legítima defesa, anunciou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Num comunicado, o Ministério Público deu conta que o caso remonta a 13 de Outubro de 2014, quando um indivíduo, de 39 anos (José Lopes Cabral, conhecido por “Zezito Dente D’Oro”), foi assassinado, em Cidadela, no âmbito de uma abordagem realizada pela Polícia Judiciária.

Realizadas todas as diligências, informou que em dia 13 de Outubro “declarou encerrada a instrução e ordenou o arquivamento dos autos”, justificando ter recolhido “prova bastante” de que os factos apurados preenchem todos os pressupostos e requisitos da legítima defesa.

“Para a formação da convicção do Ministério Público, todas as provas foram apreciadas e valoradas em conjunto, de um modo crítico e inseridas no concreto contexto histórico de onde surgem, sempre orientado pelas regras da experiência comum e a livre convicção de quem, de acordo com a lei, as deva valorar, com respeito pelos princípios constitucionais que norteiam a actividade do Ministério Público”, explicou o órgão responsável pela acção penal.

O MP esclareceu que os autos evidenciam, ainda, “com total clarividência” os elementos da Polícia Judiciária que estiveram presentes ou envolvidos na operação, não se figurando entre eles qualquer individualidade que actualmente figura como membro do Governo. A nota não refere o nome do ministro da Administração interna, Paulo Rocha, nem, aliás, o do malogrado Denti d’Oro).

Novos processos contra 3 arguidos

O Ministério Público determinou ainda a separação de processo em relação aos factos imputados a três arguidos constituídos nos autos por indícios da prática dos crimes de inserção de falsidade em documento público, falsidade por parte de interveniente em acto processual e violação de segredo de justiça, por ausência de conexão processual.

O homicídio, recorde-se, tem dado muito que falar, sobretudo porque o Santiago Magazine e o A Nação davam conta do alegado envolvimento do actual ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, quando era dirigente da Polícia Judiciária, durante a operação daquela força policial.

Na sequência das notícias, dois jornalistas e respectivos órgãos foram constituídos arguidos pelo Ministério Público, por alegada violação do segredo de justiça e desobediência, o que levou colegas a realizarem uma manifestação, em Fevereiro último, para chamarem a atenção para “ataques à liberdade de imprensa”.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,11 nov 2022 17:23

Editado porSara Almeida  em  3 ago 2023 23:29

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