O protesto começou com uma concentração em frente ao quartel dos Bombeiros Municipais. Os manifestantes percorreram as principais artérias da cidade de Mindelo e concentraram-se depois na Praça Dom Luís.
O representante local do Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Serviços (Siacsa), Edy Ganeto, explica que não houve entendimento com a Câmara Municipal, durante a reunião da última semana, mediada pela Direcção Geral do Trabalho.
“A Câmara enviou um jurista e a directora dos Recursos Humanos para o encontro, que não têm qualquer poder de decisão relativamente aos pontos que constam do caderno reivindicativo. Não houve acordo. Então, ontem fomos negociar os serviços mínimos. Nós propusemos um bombeiro por turno, mas a Câmara Municipal propôs dois. Sem acordo, seguimos com a manifestação de hoje e a greve a partir de amanhã”, explica.
Sem acordo para serviços mínimos durante a paralisação dos Bombeiros Municipais, Edy Ganeto está convencido de que a autarquia vai recorrer à requisição civil, instrumento legal que pode ser aplicado em situações de emergência nacional e quando está em causa o cumprimento de serviços de interesse público essenciais.
“Claramente que vão recorrer à requisição civil. Estamos à espera dessa medida a partir de amanhã ou hoje à noite. Caso for decretada, vamos analisar a situação junto dos bombeiros e ver qual a melhor decisão a tomar”, diz.
O SIACSA diz que a corporação conta um efectivo de 11 bombeiros, número considerado insuficiente para a dimensão da ilha.
Também hoje os trabalhadores do saneamento da Câmara Municipal de São Vicente realizaram uma manifestação na Praça Dom Luís. Reivindicam melhores equipamentos de trabalho e o envio atempado dos descontos ao INPS.