Em entrevista à Rádio Morabeza, Heidy Ganeto afirma que do lado dos soldados da paz as exigências prendem-se com folgas semanais, melhores equipamentos de protecção individual, resolução das promoções em atraso e aumento do número de efectivos.
“O pessoal trabalha sem praticamente ter direito a folga. As promoções na carreira estão atrasadas desde 2012. Quanto ao número de efectivos, o Estatuto dos Bombeiros fixa em 25 o total de efectivos nas cidades da Praia, Mindelo e na ilha do Sal. Acontece que ainda em São Vicente temos apenas 11 bombeiros efectivos. Temos turnos de três ou dois bombeiros de serviço”, denuncia.
Quanto aos funcionários da área de saneamento, o responsável local do Sindicato de Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil, Agricultura, Florestas, Serviços Marítimo e Portuário fala em ameaças e falta de equipamentos de protecção.
“É uma situação em que os trabalhadores são ameaçados pelos capatazes que, muitas vezes, cortam os seus dias de trabalho. Também têm falta de equipamento de protecção e exigem um horário de trabalho mais adequado”, aponta.
O SIACSA diz que apesar de alguns contactos, a Câmara Municipal de São Vicente não tem mostrado abertura para dialogar e resolver as questões que afectam os bombeiros e o pessoal de saneamento. Por isso, agendaram uma manifestação para o dia 27, com concentração na Praça Dom Luís a partir das 10 horas.
Contactado pela Rádio Morabeza, o vereador que responde pelo pelouro da Proteção Civil, Anilton Andrade, diz que ainda não recebeu qualquer comunicação sobre a manifestação. Também o responsável da área de saneamento, José Carlos diz, via mensagem, que não tem conhecimento sobre o assunto.