“Estamos a acompanhar a situação, que é preocupante. A delegação de São Vicente do SIACSA defende qualquer manifestação ou greve. Se os trabalhadores quiserem sair à rua e se os outros sindicatos partilharem da mesma ideia, nós não temos nenhum problema”, diz.
As declarações de Heidi Ganeto, responsável local do Sindicato de Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil, Agricultura, Florestas, Serviços Marítimo e Portuário (SIACSA), foram feitas hoje, durante uma conferência de imprensa. A mesma fonte refere que o aumento dos bens de primeira necessidade e dos combustíveis, em consequência da guerra na Ucrânia, fez com que a classe trabalhadora na ilha, principalmente os funcionários que recebem o salário mínimo, sofresse ainda mais.
“Sempre defendemos o aumento do salário mínimo para 15 mil escudos. Todos os bens de primeira necessidade subirem. Para uma pessoa que ganha 13 mil escudos a situação fica complicada, nomeadamente as senhoras das fábricas. Não dá para nada. O Governo devia ter bom senso, porque os preços subiram e os trabalhadores ficaram ainda mais apertados”, afirma.
“Hoje, em São Vicente, trabalha-se para sobreviver, quando seria para viver”, diz.
O SIACSA considera urgente que o governo procure os sindicatos para, juntos, elaborarem medidas para fazer face ao aumento do custo de vida.
Na reunião de concertação social realizada no final do mês de Julho ficou definido que os parceiros sociais vão analisar este mês as políticas de rendimento e preços, entre elas, a eventualidade de aumentos salariais para 2023.