O anúncio foi feito hoje em conferência de imprensa pelo presidente do Sindicato da Indústria Geral Alimentação Construção Civil e Afins (Siacsa), Gilberto Lima, para dar conta de uma série de acções levadas a cabo pelos trabalhadores com o propósito de pôr fim às responsabilidades das empresas e serviços públicos e privados no país.
O sindicalista informou que esta reivindicação tem como propósito o pagamento do subsídio de risco de 2018 a 2022, já vencidos.
De entre as diversas exigências dos trabalhadores da área do saneamento, atestou, o cumprimento de todas as leis que vigoram no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), bem como a higiene, saúde e segurança no trabalho e a disponibilização de equipamentos de protecção adequados à área.
As razões, segundo Gilberto Lima, prendem-se também com os oitos acordos celebrados anteriormente durante um encontro entre o sindicato e a autarquia praiense no âmbito das queixas dos trabalhadores.
“Após um encontro com a câmara, foi acordado o cumprimento de algumas exigências e pensávamos que as reivindicações estariam cumpridas num curto espaço de tempo”, informou Gilberto Lima, observando que aguardam respostas da câmara, e que este silêncio por parte da edilidade “não resolve os problemas dos trabalhadores”.
De entre as diversas greves anunciadas para o início deste ano, o presidente do Siscap adiantou, estão os vigilantes da Sonasa, que sairão “brevemente” às ruas para exigir o pagamento da contribuição do INPS (Instituto Nacional de Previdência Social).
“É preciso que a empresa pague o que deve ao INPS para que a instituição dê cobertura aos trabalhadores, neste caso os vigilantes, e não estão a cumprir com o dever, aguardamos a respostas há dois anos”, exigiu o sindicalista.
Por outro lado, dívidas relacionadas com o reajuste salarial, mas também o cumprimento do PCCS, reforçado em 2018 e que entrou em vigor em Janeiro, e que continuam sem pagar os salários com relação a aplicabilidade do plano indicativo de referência da classe dos vigilantes.
Um outro problema, apontou, acontece na Imprensa Nacional de Cabo Verde com a actualização salarial dos trabalhadores.
“A imprensa nacional tem o capital próprio do Estado, nesse caso em concreto não há formas de fugir da responsabilidade da autorização dos accionistas para a actualização salarial desses responsáveis”, acentuou Gilberto Lima.
Relativamente às empresas de segurança privada a nível nacional, informou que a greve vai acontecer durante as festividades do Carnaval, numa altura que considera “com mais impacto social” para ver se “resolvem estes problemas”.
Gilberto Lima sublinhou que em São Vicente, a greve já está “praticamente organizada”.
Outras reivindicações, referiu, o Tribunal de Trabalho, com a morosidade excessiva que alastra há anos, os trabalhadores da empresa CV-Alerta, na ilha do Sal, e a empresa de construção ilimitada em Santo Antão, referentes aos atrasos salariais e o PCCS.
“Estamos em discussões reivindicativas porque não temos tempo para outra coisa, e isto é um problema. A aplicação do PCCS está à deriva em todas as funções públicas e temos de fazer uma avaliação do desempenho e automaticamente o abono” apelou.