Em conferência de imprensa, Gilberto Lima, realçou que caso as reivindicações deste grupo de mais de trinta enfermeiros não forem atendidas, terão de partir para a greve, ressaltando que o objectivo é evitar a situação e chegar a um ponto de conciliação com o HAN e Ministério da Saúde (MS).
Quanto às reivindicações, este sindicalista elencou que esses profissionais estão a “atravessar algumas dificuldades laborais”, uma situação que o Siacsa considera como sendo “inadmissível, tendo em conta que se trata de trabalhadores do Hospital e do MS”.
Gilberto Lima anunciou que estes enfermeiros estão com dois meses e meio de salários em atraso, reforçando ainda que recebem por rubricas que “não constam no Orçamento do Estado”.
“Uma situação igualmente gritante, tem que ver com o pagamento das velas desde Janeiro de 2021 até Maio de 2022, visto que, todos os quadros do HAN recebem por estas velas, enquanto que este grupo de enfermeiros continua a prestar serviços e a fazer as velas, mas não lhes são pagas a devida contribuição”, frisou.
Neste mesmo quadro de “ilegalidades” com o grupo, o sindicalista, denunciou ainda o facto deste grupo estar a ser confrontado com “descontos exagerados” nos salários, exemplificando que caso algum deles faltar um dia de trabalho é-lhe descontado o equivalente a três dias seguidos de salário, o que considera “uma aberração e violação do direito desses profissionais”.
Outra questão levantada pelo sindicalista é a situação da retroactividade da diferença salarial de Maio de 2022 a Setembro do mesmo ano, justificando que tudo isso verificou-se no quadro da inauguração dos cuidados intensivos, onde foi prometido que os salário do grupo iria sofrer alterações, mas até então não lhes foi pago.
O pagamento das prestações no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) é uma outra “violação”, segundo a mesma fonte, considerando o facto de estes trabalhadores serem “especiais” tendo em conta que são enfermeiros dos hospitais e “são eles que cuidam da saúde de todos”.
Sendo assim, após elencar todos estes pontos, o presidente do SIACSA deixou claro que vão procurar a conciliação pronto para negociar e evitar esta greve, mas caso não conseguirem evitar terão de partir para a greve.
“A intenção é obrigar a outra parte a cumprir todas essas situações que derivam da própria lei, relembrando que estes não devem estar acima da lei e não devem violá-las”, finalizou o sindicalista.