Jorge Carlos Fonseca fez essa chamada de atenção no Sal, onde proferiu uma palestra sobre” Liberdade e Democracia”, a convite do presidente da Câmara do Sal, Júlio Lopes, no âmbito da Semana da República, assinalada de 13 a 20 de Janeiro.
“Uma boa parte das pessoas associa o 20 de Janeiro ou o 05 de Julho à Independência Nacional, ao PAIGC/PAICV, e o 13 de Janeiro, Dia da Liberdade e Democracia, ao MpD… isso é um facto”, analisou, reiterando, entretanto, que as datas são todas nacionais, e devem ser comemoradas pelos cabo-verdianos.
Em declarações à imprensa, Jorge Carlos Fonseca insiste que o importante é não se atiçar uma data contra a outra, ciente de que é um longo caminho a ser percorrido.
“Ainda hoje, creio eu, existem essas repartições colectivas. Porque, se se atiçar uma data contra a outra, este objectivo não é conseguido. Mas com o tempo vamos lá chegar (…) em que comemoramos as nossas datas com tranquilidade, com consciência de que a história não é feita só por aquilo que nós selecionamos e escolhemos”, disse.
“Tendo cada um a sua visão crítica dos eventos, mas não se pode apagar fotografias ou a história”, referiu.
Considerando que as democracias vão resistindo “com dificuldades”, Jorge Carlos Fonseca disse, entretanto, que é preciso que os democratas estejam atentos, “armados, no bom sentido, ideologicamente, através dos princípios e convicções, porque a democracia, citando um “grande político”, é o “pior regime”, tirando os outros todos.
“Portanto, vale a pena viver em liberdade e democracia”, enfatizou.