Cabo Verde e Portugal candidatam projecto de formação às Nações Unidas

PorExpresso das Ilhas, Lusa,24 jan 2024 8:18

Cabo Verde e Portugal subscreveram esta terça-feira uma candidatura às Nações Unidas para apoiar o projecto de formação profissional anunciado há mês e meio, orçado em quatro milhões de euros, a dois anos, para abranger 2.000 pessoas.

“Portugal e Cabo Verde candidatam-se ao acelerador global das Nações Unidas, a caminho da cimeira social a realizar em 2025, com um projecto exemplar do ponto de vista de cooperação”, referiu a ministra do Trabalho portuguesa, Ana Mendes Godinho, hoje, na Praia.

A iniciativa é dirigida pela ONU a acções de cooperação “para responder aos grandes desafios”, no caso, “mobilidade de trabalhadores, migrações, formação e desenvolvimento”.

A qualificação anunciada em Dezembro vai abordar áreas “essenciais para Cabo Verde e para Portugal”, partindo da base apresentada pelo arquipélago, formando capital humano para o país, mas que também possa casar com interesses de empresas portuguesas.

A ministra destacou a possibilidade de haver um encontro “entre as necessidades das empresas em Portugal” e “as prioridades de Cabo Verde”.

“É um programa para que todos saiam a ganhar”, referiu.

O projecto abrange as energias renováveis, economia digital, áreas sociais, turismo, metalomecânica, mecatrónica e construção civil, entre outras, afirmou o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, após a assinatura.

O objetivo de Cabo Verde, “não é só formar”, mas também “garantir a promoção do empreendedorismo”, pelo que deve haver incentivos financeiros após a formação, “para que os jovens possam iniciar a sua vida profissional”, disse.

Os jovens “não têm dinheiro do Banco, porque não têm garantias”, pelo que cabe ao Estado criar mecanismos adequados, acrescentou.

“O custo de não investir é muito maior do que o investimento nos jovens”, assinalou.

O Governo de Cabo Verde tem ainda a ambição de que o projecto com Portugal (e agora candidatado a apoios da ONU) ajude a fazer do arquipélago “um centro de formação para a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)”, disse Olavo Correia.

“A partir de Cabo Verde queremos formar para o mercado interno, mas também para várias geografias mundiais”, referiu, à margem da assinatura da candidatura às Nações Unidas.

Os promotores esperam que o projecto comece a receber os primeiros formandos ainda este ano.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,24 jan 2024 8:18

Editado porSara Almeida  em  8 mai 2024 23:28

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