Geremias Furtado fez esta afirmação ao Expresso das Ilhas na sequência da publicação do Índice Mundial da Liberdade de Imprensa, publicado hoje.
"Entendemos que é uma descida muito preocupante, porque, na verdade, são oito posições, mas também é um incentivo para juntos reflectirmos e analisarmos o que lá se disse. Jornalistas, associação representativa, órgãos públicos, o próprio Estado também, vermos juntos num debate desapaixonado como devemos todos fazer, o que deve ser feito para reverter esta descida”, afirmou.
O presidente da AJOC ressaltou que o relatório abordou questões cruciais, como a influência das posições políticas, a independência dos órgãos de comunicação, a nomeação dos directores de órgãos públicos, a auto censura e os ataques nas redes sociais contra jornalistas.
"O relatório é claro. Agora, é hora de parar, pensar e agir para combater estas situações que ameaçam a liberdade de imprensa em Cabo Verde", acrescentou.
Furtado garantiu a disponibilidade da AJOC para um diálogo aberto e construtivo com todos os envolvidos, assumindo responsabilidades na garantia da liberdade de imprensa. "
Acreditamos que uma imprensa livre fortalece a democracia e beneficia o país todo", concluiu.
De referir que Cabo Verde teve uma queda significativa no Índice Mundial da Liberdade de Imprensa, publicado hoje pela organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF). O país, que anteriormente ocupava a 33.ª posição, agora desceu para a 41.ª posição, representando uma queda de oito lugares.