Os dados são do Índice Global de Paridade 2024, uma análise do Fórum Económico Mundial que compara o estado actual e a evolução da paridade de género em quatro dimensões-chave, como participação económica e oportunidades, nível educacional, saúde e sobrevivência, e empoderamento político.
“Este ano, Cabo Verde consolida-se como país referência na promoção da igualdade e equidade de género na região subsariana, mantendo-se no 6.º lugar e alcançando a 41ª posição no ‘ranking’ global, com 0,755 pontos (avaliação de 0 a 1, representando 0 – zero - a não paridade e 1 – um - a paridade total)”, informou hoje o ICIEG.
No entanto, comparado ao ano anterior, o país desceu quatro posições, do 37.º lugar para o 41.º, devido aos avanços realizados por alguns países que, ao realizarem eleições, melhoraram os seus índices de participação política.
Este índice, contudo, é aquele que a maioria dos países apresenta maiores lacunas.
No empoderamento político, Cabo Verde alcançou um score de 0,310, atingindo a 46.ª posição, contra o score de 0,334 do ano passado, que colocava o país na 40.ª posição.
No nível educacional, que em 2023 alcançou o score de 0,981, subiu para 0,985, colocando o país na 93.ª posição.
O pilar da saúde e sobrevivência manteve o score de 0,980, que coloca o país no 1.º lugar, como tem sido nos últimos anos.
Já na participação e oportunidades económicas houve um ligeiro decréscimo de duas posições, levando o país a descer para a 34.ª posição, com um score de 0,746, devido aos impactos negativos prolongados da pandemia de COVID-19 e dos mais recentes conflitos armados.
Criado em 2006, este índice é o mais antigo do género e, este ano, abrangeu 146 países, acompanhando e avaliando o progresso alcançado pelos países no intuito de colmatar os fossos de género ao longo do tempo. Para que um país seja incluído neste índice, deve reportar um mínimo de 12 dos 14 indicadores.