Estas informações foram avançadas hoje à Inforpress pela delegada de Saúde da Praia, Ulardina Furtado, à margem da formação dos militares que se iniciou hoje no Quartel Achada Mato e termina esta terça-feira, promovida pela Direcção Nacional de Saúde, através do Programa Nacional de Luta contra o Paludismo.
Durante 20 dias, os militares unem-se à equipe já presente no terreno, buscando intensificar a pulverização na Praia, considerando a proximidade da época das chuvas e fortalecer a resposta contra a dengue na cidade, segundo a delegada de Saúde da Praia.
"A Cidade da Praia já havia iniciado a campanha, planeada para começar em Junho e durar cerca de 50 dias. No entanto, observamos a evolução da epidemia de dengue, que persiste desde Novembro até agora. Com a chegada do verão e a iminência das chuvas, percebemos que prolongar a campanha seria arriscado", explicou Furtado.
Os militares vão passar por treinamento abrangente, compreendendo desde o ciclo de vida do mosquito até o manuseio adequado dos equipamentos de combate.
"A mobilização das Forças Armadas é uma medida preventiva crucial. Estamos formando esses profissionais para entrar em acção logo de seguida, visando cumprir em 20 dias o que estava previsto para 50 dias", acrescentou.
Por seu lado, Zeferino Duarte, capitão das Forças Armadas, enfatizou o compromisso da instituição com causas nacionais, destacando a importância da colaboração da população para o sucesso da campanha.
"Embora as Forças Armadas estejam participando com todo empenho, é fundamental o apoio da comunidade. Demonstramos nossa prontidão para agir onde e quando necessário", afirmou Duarte.
De recordar que na passada quinta-feira a presidente do INSP, Maria da Luz Lima, anunciou que Cabo Verde regista 700 casos confirmados de dengue e 1500 suspeitos.
"O total de casos suspeitos são cerca de 1.500, os casos confirmados são cerca de 700. O que temos vivenciado é que a epidemia tem diminuído, a curva epidémica, digamos assim, tem estado a diminuir, mas na semana passada já houve um ligeiro aumento. Então, neste momento, é estratégico realmente reforçarmos, porque nós temos que terminar com essa epidemia antes das chuvas", frisou Maria da Luz Lima.