Os dados foram avançados pelo director do Serviço de Energia, Carlos Monteiro, ao fazer apresentação do projecto que consistiu na instalação de uma central fotovoltaica de mini rede de 40 quilowatts (kW) com armazenamento de bateria de 150 kW e um gerador de 50 kW que, no momento de não produção de energia solar, entra em funcionamento para fornecer energia até que a energia solar volte a ser produzida.
“Neste momento temos 60 pontos de consumo ligados entre casas, comércios e serviços, nomeadamente, escola e unidade sanitária de base e a central vai fornecer energia para iluminação publica”, disse Carlos Monteiro que acrescentou que se está, de momento, a resolver últimas questões para operacionalizar a central.
Na semana passada, explicou, 25 casas estavam ligadas à rede e neste momento são 60 pontos de consumo e à medida que as residências vão criando as condições internas de segurança vão sendo ligadas à rede, referiu.
Segundo o mesmo, foram instalados contadores “inteligentes” que fazem a gestão da potência como da parte da energia que é disponibilizada para cada consumidor e, por isso, explicou, foram criados alguns escalões de consumo de energia em função da capacidade de consumo.
A central solar fotovoltaica de Chã das Caldeiras representa um investimento de 70 mil contos, dos quais 58 mil contos são da responsabilidade do Estado de Cabo Verde e 12 mil contos da ECREEE/USAID.
A Embaixada dos Estados Unidos da América que através da USAID e Power Africa co-financiou a central solar, numa nota de imprensa, considerou que a central solar vai permitir que os jovens permaneçam e trabalhem na localidade de Chã das Caldeiras, vai proporcionar acesso à internet e permitir que as crianças estudem após o anoitecer e vai apoiar novos e existentes negócios.
“O Governo de Cabo Verde, através do Fundo de Turismo e do Ministério da Energia, desempenha um papel crucial supervisionando as ligações finais às residências, a um centro comunitário e aos negócios locais. Esta contribuição garante que os benefícios do projecto cheguem a todos os membros da comunidade” referiu a nota de imprensa da Embaixada que elogiou o projecto.
“A parceria entre os sectores privado e público está no cerne de como a Power Africa torna soluções eficazes como esta mini rede uma realidade” lê-se na nota de imprensa.
A central solar de Chã das Caldeiras vai ser gerida por uma entidade privada a ser contratada pela Câmara Municipal de Santa Catarina do Fogo e que vai assegurar o funcionamento e a manutenção de todos os equipamentos.