“O número de casos de dengue em São Vicente tem diminuído consideravelmente, para uma média de 3 casos por dia. O nosso gráfico demonstra que conforme registamos um pico, verificamos agora uma descida.Temos neste momento menos 100 casos de dengue, uma coisa importante é que não notificámos óbitos devido a doença e não há nenhum internamento devido a dengue”, afirma.
De acordo com o boletim epidemiológico da dengue, do Instituto Nacional de Saúde Pública, na região de Barlavento, São Vicente é a ilha mais afetada pela epidemia, com um total acumulado de 921 casos suspeitos e 912 casos confirmados.
O delegado de saúde justifica estes números com o período das chuvas, que criou condições favoráveis à propagação da doença.
“Conseguimos aguentar a epidemia que estava a acontecer em alguns concelhos do país, com maior incidência na capital, desde Novembro de 2023, mas dado ao número de casos e pessoas a visitarem a ilha, e tendo em conta que temos o mosquito transmissor, nesta movimentação de pessoas, começámos a ter casos autóctones, isso tendo em conta que estávamos numa época com muito calor, depois da chuva, o que aumentou os focos de mosquitos e propagação da doença”, explica.
Elísio Silva destaca o trabalho consistente realizado pela equipa de luta anti-vectorial da delegacia de saúde, em colaboração com os parceiros locais.
“Temos a nossa equipa de luta anti-vectorial que trabalha o ano inteiro, não trabalha apenas nas épocas onde se registam doenças transmitidas pelos mosquitos”, assegura
De recordar que o Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) apontou hoje para uma diminuição da taxa de incidência de casos de dengue no país, mantendo-se a taxa nacional na classificação de “baixa”, com 2,0 casos por cada 10 mil habitantes, de acordo com o boletim epidemiológico da dengue.