IPIAAM prepara deslocação a São Nicolau para investigação de naufrágio do Nhô Padre Benjamim

PorLourdes Fortes, Rádio Morabeza,15 abr 2025 16:21

O Instituto de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos e Marítimos (IPIAAM) está a preparar uma missão à ilha de São Nicolau para o início dos trabalhos de investigação do naufrágio do navio Nhô Padre Benjamim.A garantia foi dada na tarde de hoje à Rádio Morabeza por Jorge Rodrigues, presidente do IPIAAM.

Nhô Padre Benjamim, navio de cabotagem com 90 por 18 metros e capacidade para 319 contentores, afundou-se na tarde de segunda-feira ao largo da Preguiça, quando ligava Sal e São Nicolau.Toda a tripulação e o único passageiro a bordo escaparam ilesos.

“Neste momento, estamos a preparar a nossa deslocação para São Nicolau, portanto, uma equipa de investigadores. Essa equipa terá um encontro com a tripulação da embarcação e, a partir do momento em que se encontrarem, será realizada a entrevista necessária, que faz parte do processo de investigação. Só a partir daí poderemos ter uma ideia de quando emitir o relatório preliminar. Mas, de todas as formas, de acordo com o nosso estatuto e as exigências, o relatório preliminar deve ser elaborado num prazo de aproximadamente sete dias”, afirma.

A recolha de testemunhos da tripulação e a análise dos documentos de bordo estão entre os aspectos a examinar.

“Uma das formas de complementar a investigação e garantir um suporte técnico mais robusto é o acesso à chamada caixa negra das embarcações, o VDR (Voyage Data Recorder). Neste momento, não podemos assegurar que teremos acesso a esse VDR, tendo em conta as informações de que dispomos, segundo as quais o navio afundou-se num ponto muito profundo dos mares de Cabo Verde. Daí que não sabemos se será possível recuperar esse equipamento. Contudo, através das entrevistas que faremos à tripulação, poderemos identificar os factores que contribuíram para a ocorrência deste acidente”, acrescenta.

O naufrágio não provocou vítimas mortais, mas levantou questões quanto às condições de navegabilidade e segurança da embarcação. O IPIAAM apela à “serenidade” e reforça a necessidade de se aguardar pelas conclusões da investigação, a fim de se esclarecerem as causas do acidente.

O Instituto Marítimo e Portuário garantiu esta segunda-feira que a embarcação, de fabrico alemão, adquirida em 2015, já com 35 anos, pela empresa Lusolines, do grupo Ilha Verde, encontrava-se com toda a documentação em ordem.

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Autoria:Lourdes Fortes, Rádio Morabeza,15 abr 2025 16:21

Editado pormaria Fortes  em  15 abr 2025 22:22

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