No que tange ao indicador de segurança, Cabo Verde obteve 94.0 pontos, ocupando assim a 10.ª posição mundial.
No indicador legislativo, Cabo Verde surge na 36.ª posição, com 77.47 pontos, quando em 2024 o país ocupava 39.º lugar, com 74,70 pontos.
Já no indicador político, o país ocupa o 25.º lugar, com 72.56 pontos. No entanto, este valor caiu ligeiramente em relação ao ano anterior (28.ª posição com 69.51).
Em termos económicos, Cabo Verde figura na 43.ª posição, com 54.34 pontos, e em 2024 ocupava o 48.º lugar , com 54,25 pontos.
O indicador social posiciona o arquipélago em 39.º lugar, com 76.47 pontos.
A liberdade mundial de imprensa está numa situação crítica, com o indicador económico sob pressão e no nível mais baixo da sua história, conforme a RSF.
De acordo com a RSF, grande parte da situação deve-se “à concentração da propriedade [das empresas de comunicação social], à pressão dos anunciantes e financiadores e à ajuda pública restrita, ausente ou alocada de forma opaca”.
Segundo dados recolhidos pela RSF, em 160 dos 180 países avaliados (88,9%), os meios de comunicação social só alcançam resultados financeiros estáveis “com dificuldade” e muitos nem sequer os conseguem.
Segundo o relatório, em 34 países verificaram-se encerramentos em massa dos seus meios de comunicação, o que levou ao exílio de muitos jornalistas.
Isto aconteceu sobretudo na Nicarágua, na Bielorrússia, no Irão, em Myanmar, no Sudão, no Azerbaijão e no Afeganistão, onde as dificuldades económicas agravam os efeitos da pressão política.
Nos Estados Unidos, onde o indicador económico tem vindo a descer nos últimos dois anos, vastas regiões estão a transformar-se em desertos noticiosos.
No continente africano, os RSF apontam que a concentração dos meios de comunicação e a dependência dos anunciantes comprometem a independência editorial, observando que “a liberdade de imprensa está a diminuir de forma preocupante em muitos países africanos”.
De uma forma geral, a região registou "o maior número de países com indicadores económicos em declínio, uma vez que 80% [dos países] viram os seus resultados económicos baixar."
Os países africanos com pior classificação no índice são o Uganda (143.º), a Etiópia (145.º lugar) e o Ruanda (146.º lugar), que passaram este ano para a categoria "muito grave", e a Eritreia, que detém "o triste recorde das mais longas detenções de jornalistas no mundo", permanece em último lugar.
Em contrapartida, os países africanos melhor classificados são "a África do Sul (27.º lugar), a Namíbia (28.º lugar), Cabo Verde (30.º lugar) e o Gabão (41.º lugar).