Cabo Verde e China discutem extensão do sistema de videovigilância Cidade Segura

PorExpresso das Ilhas, Lusa,4 jul 2025 10:32

​O ministro da Administração Interna disse hoje à Lusa que o país está a negociar com a China o financiamento do alargamento do sistema de videovigilância Cidade Segura a mais três cidades.

“Estamos por agora a conversar, a discutir com a China a possibilidade de financiamento de uma terceira fase, que irá implicar a extensão do projeto para outras cidades”, afirmou Paulo Rocha em entrevista.

O ministro recordou que este “importante projeto no domínio da segurança pública” já está implementado na capital, Praia (ilha d Santiago), e nas cidades de Mindelo (ilha de São Vicente), Sal Rei (ilha do Sal) e Santa Maria (ilha da Boavista).

A nova fase pretende levar o programa à cidade do Porto Novo, na ilha de Santo Antão, e às cidades da Assomada e Tarrafal, ambas na ilha de Santiago, acrescentou Rocha, durante uma visita a Macau.

Depois de partir da região semiautónoma chinesa, o ministro irá passar pela capital, Pequim, onde terá um encontro com fabricantes chinesas de equipamento utilizado na segurança pública.

A terceira fase do Cidade Segura faz parte de um acordo assinado em janeiro, segundo o qual a China se comprometeu a apoiar o arquipélago com 26,3 milhões de euros.

O acordo prevê a formação de técnicos para a operacionalização do sistema de videovigilância e a manutenção dos centros de comando de vigilância.

No final de abril, vários comerciantes da capital queixaram-se à Lusa, de insegurança e assaltos, alguns depois de terem estado sob ameaça de armas de fogo.

Mas o ministro garantiu que “a criminalidade não está a crescer na Praia. É mera especulação”.

“Tínhamos pelo menos um ou dois indivíduos que tinham estado a praticar crimes em estabelecimentos comerciais e foram detidos, estão em prisão preventiva”, disse Rocha.

“Já ocorreram muitas detenções, muitas apreensões, muitas notícias positivas, muita efetividade naquilo que é a atuação policial”, defendeu o dirigente.

Em 27 de junho, a Polícia Nacional anunciou a detenção de 20 homens na Praia por suspeita de tráfico de droga, roubos, desacatos e posse de armas.

Mas o ministro defendeu que “o crime com armas não está a aumentar, o que tem aumentado são as apreensões, mas nem tanto de armas, mais de munições”, vindas dos Estados Unidos e da Europa”.

“Com o investimento que foi feito, particularmente a nível dos portos, a nível dos scanners de pequenas encomendas, aumentámos a capacidade de deteção da importação ilegal de munições”, disse Rocha.

Em 05 de maio, o Procurador-Geral da República, Luís Landim, anunciou a criação de uma equipa especial para combate à criminalidade urbana na Praia e em São Vicente.

Paulo Rocha explicou que o objetivo “é garantir que, se o meliante não é pego em flagrante, que ele possa rapidamente ser detido fora de flagrante, através de uma instrução rápida, com os magistrados focados, com a polícia a apoiar essas equipas”.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,4 jul 2025 10:32

Editado porSara Almeida  em  4 jul 2025 17:19

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